Nova Zelândia pede desculpas a fundador do Megaupload
27 set2012 - 08h49
(atualizado às 09h13)
A agência de espionagem da Nova Zelândia realizou vigilância ilegal sobre o fundador do site Megaupload, Kim Dotcom, mostrou um relatório oficial nesta quinta-feira, provocando um pedido de desculpas do primeiro-ministro e lançando um possível golpe contra a tentativa dos EUA de extraditá-lo.
O governo norte-americano quer que o réu de nacionalidade alemã, também conhecido como Kim Schmitz, seja enviado aos Estados Unidos para enfrentar acusações por pirataria na internet e por infringir leis de direitos autorais.
O relatório divulgado nesta quinta-feira pela Inspetoria-Geral da Inteligência, órgão fiscalizador oficial das agências de espionagem da Nova Zelândia, descobriu que o Departamento de Comunicação e Segurança do Governo (GCSB, sigla em inglês) espionou Dotcom, apesar de uma lei que proíbe a espionagem de cidadãos da Nova Zelândia e residentes.
Dotcom conseguiu a residência permanente na Nova Zelândia em 2010.
"É responsabilidade do GCSB agir dentro da lei, e é extremamente decepcionante que neste caso suas ações foram realizadas fora dela", disse o primeiro-ministro John Key em um comunicado, acrescentando que o erro foi resultado de "erros básicos".
Key pediu desculpas a Dotcom e a todos os neozelandeses, dizendo que eles tinham o direito de serem protegidos pela lei e que isso não tinha acontecido.
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A polícia da Nova Zelândia pediu ao GCSB para rastrear Dotcom e seus colegas antes de uma incursão policial no final de janeiro em sua propriedade rural alugada perto de Auckland, na qual computadores e discos rígidos, obras de arte e carros foram confiscados.
A vigilância ilegal pode desferir outro golpe sobre o caso de extradição aos EUA, após um tribunal da Nova Zelândia decidir em junho que mandados de busca utilizados no ataque à casa de Dotcom eram ilegais.
A incursão seguiu um pedido do FBI para a prisão de Dotcom por liderar um grupo que lucrou US$ 175 milhões desde 2005 por supostamente copiar e distribuir música, filmes e conteúdo com direitos autorais sem autorização.
A audiência de extradição foi adiada para março de 2013.
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Kim Dotcom publicou no seu Twitter o link de um vídeo com o título Making of Megabox, onde se vê imagens do que parece ser a sede onde o novo serviço
Foto: Youtube.com
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No final da apresentação, o que deve ser a tela inicial do Megabox. O serviço não tem data de laçamento confirmada por Dotcom
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Funcionários aparecem entrando nos escritórios da nova empreitada de Dotcom, que foi preso em janeiro
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Nas imagens aparece um pouco mais da estrutura física, com programadores e designers trabalhando
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Cadeiras confortáveis e máquinas com duas telas fazem parte das infraestrutura de desenvolvimento do serviço
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Uma sequência exibe a interface do serviço, que promete revolucionar a indústria musical, segundo Kim Dotcom
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Radiohead é uma das ofertas que aparecem nas telas. Dotcom diz ter encontrado uma forma de remunerar os artistas com 90% dos direitos sobre as músicas
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Dotcom, ele mesmo músico, também estaria no banco de dados com algumas canções, pelo que mostra esta tela
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Entre as funções estão as músicas mais pesquisadas pelos internautas, recurso que se encontra em sites de downloads pagos
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Um ranking social também aparece, ao gosto de Dotcom, que conta com mais de 100 mil seguidores no Twitter, praticamente seu canal oficial de manifestações públicas
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Outros artistas presentes nas telas do vídeo são Portishead e Blur
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Indicadores de audiência e pesquisa também aparecem no vídeo, bem como uma divisão por gêneros e uma avaliação do conteúdo
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Tela inicial faz um apelo para os músicos: "Assuma o controle da sua carreira musical"
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"Publique todas as suas músicas para a nuvem com armazenamento ilimitado" é outro dizer na página
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Para o público, a promessa de artistas exclusivos
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No clima "empresa de tecnologia", almofadas coloridas com siglas são exibidas no vídeo dos supostos escritórios do Megabox
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