Avanço em rede de computadores quânticos poderá descriptografar documentos em instantes

Projetos de investimento preveem que mudança pode até mesmo mudar rumo de guerras e alterar a economia mundial.

28 abr 2025 - 17h32
(atualizado às 18h48)
Homem fotografa modelo de computador quântico Q System One da IBM
Homem fotografa modelo de computador quântico Q System One da IBM
Foto: Steve Marcus / Reuters

A rede de computadores quânticos dos Estados Unidos tem avançado nos últimos anos e tem alcançado patamares nunca imaginados. Em uma reportagem do Fantástico exibida neste domingo, 27, especialistas explicaram que, em breve, essa tecnologia será capaz de mudar o rumo de discussões geopolíticas, guerras e até a economia.

Isso se deve ao fato de que os computadores quânticos estão sendo projetados para ler mensagens, documentos e arquivos confidenciais criptografados.

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“Toda a economia digital é baseada em criptografia. Além de segredos de governo e todos os tipos de informações pessoais que você não quer que sejam descriptografadas”, afirma Scott Crowder, vice-presidente da IBM Quantum, segmento da empresa que estuda a área.

A IBM, inclusive, é uma das maiores apoiadoras da inovação, promovendo um investimento de US$150 bilhões (R$ 850 bilhões) nos Estados Unidos nos próximos cinco anos para desenvolvimento dos computadores quânticos.

Computador quântico do Google apresentado em 2019
Foto: Google/Divulgação / Estadão

Atualmente, é possível descriptografar qualquer coisa realizando o processo inverso da criptografia. No entanto, os computadores convencionais demorariam milênios para fazer isso com um documento completo, enquanto um computador quântico pode vir a fazer em segundos, explicam especialistas.

Segundo a reportagem, cientistas da China anunciaram, em outubro de 2024, terem descriptografado documentos secretos de inteligência militar usando um computador quântico.

A disputa configura uma corrida contra o tempo de Estados Unidos e China por quem assume o comando dessa prática quântica antes do outro. Afinal, com a descriptografia ao lado, seria possível ler documentos militares de países inimigos e controlar a economia, por exemplo.

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Fonte: Redação Terra
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