O prêmio IgNobel anunciou os vencedores de 2012 nesta quinta-feira, na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A premiação trata-se de uma sátira do prêmio Nobel que é dada para a descoberta científica mais estranha do ano, oferecido pela revista Anais das Pesquisas Improváveis (Annals of Improbable Research, em inglês). O objetivo do evento é destacar pesquisas que primeiramente fazem as pessoas rirem, para depois, fazê-las pensar. O destaque deste ano, que aborda o assunto proposto pelo prêmio, foi o estudo de Craig Bennet, que indica que exames que usam técnicas de neuroimagem podem indicar atividades relevantes em qualquer lugar, até mesmo no cérebro de um salmão morto.
Escolha a pesquisa mais bizarra do ano
Vinte cientistas, uma empresa russa e uma agência governamental americana foram agraciados com o IgNobel, o prêmio Nobel alternativo que distingue os trabalhos mais inusitados do mundo científico. A cerimônia, na presença de vários cientistas vencedores da honraria, se trata apenas de uma menção e não de um prêmio em dinheiro. O IgNobel não apenas premiam as pessoas, mas também as empresas e governos. Uma das curiosidades da cerimônia é que os prêmios são entregues pelos laureados com o verdadeiro Nobel. Este ano estiveram presentes o químico Dudley Herschbach (Prêmio Nobel em 1986), o economista Eric Maskin (2007) e o físico Roy Glauber (2005).
Veja abaixo os vencedores do IgNobel 2012 com estudos que, por vezes são considerados estúpidos, outras vezes apenas estranhos:
Psicologia
Os pesquisadores Anita Eerland, Rolf Zwaan e Tulio Guadalupe, da Holanda, levaram o prêmio pelo estudo "Inclinar-se para a esquerda faz a Torre Eiffel parecer menor".
Paz
A companhia russa SKN foi premiada por converter munição antiga em diamantes novos.
Acústica
Os japoneses Kazutaka Kurihara e Koji Tsukada criaram o SpeechJammer, uma máquina que faz as pessoas se atrapalharem na hora de falar fazendo com que elas escutem as próprias palavras enquanto falam, mas com um pequeno atraso.
Neurociência
Craig Bennet e sua equipe provaram que pesquisadores do cérebro, usando instrumentos e estatísticas, podem encontrar atividades relevantes em qualquer lugar, até mesmo no cérebro de um salmão morto.
Química
A sueca Johan Pettersson levou o prêmio por descobrir o mistério que fazia com que moradores de certas casas na cidade de Anderslov, na Suécia, ficavam com o cabelo verde.
Literatura
A Controladoria Geral do Governo dos Estados Unidos foi premiada nesta categoria por publicar um relatório sobre relatórios que falam de relatórios que recomendam a preparação de um relatório sobre relatórios que falam de relatórios.
Física
A equipe do americano Joseph Keller calculou o equilíbrio de forças que movem os cabelos e lhe dão forma em um penteado com rabo-de-cavalo.
Dinâmica de fluidos
Rouslan Krechetnikov e Hans Mayer, dos Estados Unidos, estudaram os padrões do movimento de líquidos dentro de uma xícara de café carregada por uma pessoa em movimento.
Anatomia
Frans de Wall e Jennifer Pokorny, dos Estados Unidos, descobriram que chimpanzés podem identificar uns aos outros através de fotografias de seus traseiros.
Medicina
Emmanuel Bem-Soussan e Michel Antonietti, ambos da França, aconselharam médicos que realizam colonoscopias sobre como minimizar o risco dos pacientes explodirem e levaram o prêmio.