Explosão estelar rara trará nova estrela ao céu noturno, dizem astrônomos

Fenômeno ocorre uma vez a cada 80 anos e será visível a olho nu

30 set 2024 - 12h13
Resumo
A anã branca T Coronae Borealis está prestes a explodir em uma violenta 'nova', um fenômeno raro que promete ser visível a olho nu.
T. Coronae Borealis é um sistema estelar formado por dois objetos — e um deve explodir em breve (Imagem: Reprodução/NASA)
T. Coronae Borealis é um sistema estelar formado por dois objetos — e um deve explodir em breve (Imagem: Reprodução/NASA)
Foto: Canaltech

A qualquer momento, o céu noturno poderá ser iluminado por um evento raro: a explosão de uma estrela que deve brilhar intensamente na constelação Corona Borealis, a cerca de 3.000 anos-luz da Terra. O fenômeno, que ocorre uma vez a cada 80 anos, envolverá a anã branca T Coronae Borealis, ou "T Cor Bor", e promete ser visível a olho nu durante os primeiros dias de sua erupção.

A T Cor Bor, uma anã branca que "rouba" material de uma estrela gigante vermelha próxima, está prestes a explodir em uma violenta "nova" — explosão estelar que ocorre quando a anã branca acumula matéria suficiente para desencadear uma reação nuclear.

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Os astrônomos estão atentos a um recente declínio no brilho da estrela, o que indica que a erupção pode acontecer a qualquer momento. "Sabemos que ela vai explodir — é muito óbvio", afirmou Edward Sion, professor de astronomia e astrofísica da Universidade Villanova, ao site Space.com.

Telescópios preparados para o fenômeno

Telescópios terrestres e espaciais, como o telescópio de raios gama Fermi da Nasa, estão sendo utilizados para capturar todos os detalhes da explosão e seus efeitos subsequentes. O objetivo é estudar a dinâmica das novas, um fenômeno ainda pouco compreendido devido à raridade dessas explosões.

“Estou muito animada para ver como será — há muitas novidades aqui”, disse Elizabeth Hays, cientista do projeto do telescópio Fermi. Essa explosão é especialmente notável porque a última vez que T Cor Bor entrou em erupção, há 80 anos, não havia telescópios capazes de capturar raios gama ou raios X, o que permitirá aos cientistas obter informações inéditas sobre o fenômeno.

Além do telescópio Fermi, o Telescópio Espacial James Webb, o Swift e o Very Large Array, no Novo México, estão preparados para observar a nova em diferentes comprimentos de onda, fornecendo uma visão detalhada e abrangente do evento estelar.

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Evento raro

Embora a explosão seja intensa, os astrônomos garantem que ela não representa nenhum risco para a Terra.

Para astrônomos e entusiastas do céu, este é um evento que só acontece uma vez na vida — uma oportunidade rara de testemunhar uma nova estrela surgindo no firmamento e de acompanhar de perto os mistérios do cosmos.

Fonte: Redação Byte
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