As fascinantes imagens do eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos

No auge, Lua teve mais de 97% de sua superfície coberta pela sombra da Terra e ganhou aparência avermelhada; brasileiros madrugaram para assistir a fenômeno

19 nov 2021 - 14h58
(atualizado às 15h10)
Eclipse lunar parcial na província de Panamá Oeste, no Panamá
Eclipse lunar parcial na província de Panamá Oeste, no Panamá
Foto: EPA / BBC News Brasil

O eclipse lunar mais longo dos últimos 580 anos ocorreu nesta sexta-feira (19/11) e fez muitos brasileiros acordarem no meio da noite para assistir ao fenômeno.

No entanto, em algumas partes do país, as chuvas acabaram frustrando os planos dos madrugadores.

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Segundo a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, a duração total do eclipse lunar parcial foi de 3 horas, 28 minutos e 23 segundos, o mais longo desde 18 de fevereiro 1440, que durou 23 segundos a mais.

Eclipse lunar parcial em Santiago, no Chile
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Fenômeno igual a esse, porém de maior duração, só vai ocorrer em 8 de fevereiro de 2669, acrescentou a agência.

Mas quem perdeu a oportunidade de observar o fenômeno pode se contentar com uma boa notícia: daqui a menos de um ano, em 8 de novembro de 2022, acontecerá um eclipse lunar total, durante 3 horas e 40 minutos.

Eclipse lunar parcial na Coreia do Sul
Foto: EPA / BBC News Brasil

No auge do fenômeno desta sexta-feira, a Lua teve mais de 97% de sua superfície coberta pela sombra da Terra e ganhou uma aparência avermelhada.

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Eclipses parciais são mais frequentes do que eclipses totais, ainda que menos espetaculares.

O fenômeno pôde ser visto em toda a América do Norte, bem como em grandes partes da América do Sul, Polinésia, leste da Austrália e nordeste da Ásia.

Eclipse lunar parcial no Japão; em primeiro plano, Castelo de Gifu
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Segundo a Nasa, o eclipse parcial começou por volta das 4h19 de Brasília, e durou pouco mais de 3h. Porém, ele pôde ser observado uma hora antes, quando a Lua entrou na penumbra da Terra (parte externa da sombra). Nesse momento, o satélite escureceu, ainda que de forma sutil.

O pico aconteceu por volta das 6h, mas, como a Lua já estará abaixo do horizonte no Brasil, não foi possível mais vê-la.

O eclipse foi mais visível na região Norte do que no Sul do país.

Eclipse lunar parcial em Tóquio; em primeiro plano, torre de observação Skytree
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Origem e cor vermelha

Um eclipse lunar ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham de forma que a Lua passa pela sombra da Terra. Em um eclipse lunar total, a Lua inteira fica coberta pela sombra da Terra, chamada de umbra.

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Durante o fenômeno, a Lua adquire uma coloração avermelhada.

O fenômeno, chamado Dispersão de Rayleigh, é o mesmo que explica "por que o céu azul e o pôr do sol vermelho", segundo a Nasa.

"A luz viaja em ondas e diferentes cores de luz têm diferentes propriedades físicas. A luz azul tem um comprimento de onda mais curto e é espalhada mais facilmente por partículas na atmosfera da Terra do que a luz vermelha, que tem um comprimento de onda mais longo. A luz vermelha, por outro lado, viaja mais diretamente pela atmosfera", diz a Nasa em seu site.

Eclipse lunar parcial em Washington DC; em primeiro plano, Monumento a Washington
Foto: Reuters / BBC News Brasil

"Quando o Sol está acima, vemos uma luz azul em todo o céu. Mas quando o Sol está se pondo, a luz do sol deve passar por mais atmosfera e viajar mais longe antes de atingir nossos olhos. A luz azul do Sol se espalha e a luz vermelha, laranja e amarela de comprimento de onda mais longo passa."

Eclipse lunar parcial em Daka, capital de Bangladesh
Foto: EPA / BBC News Brasil

"Durante um eclipse lunar, a Lua fica vermelha porque a única luz solar que atinge a Lua passa pela atmosfera da Terra. Quanto mais poeira ou nuvens na atmosfera da Terra durante o eclipse, mais vermelha a Lua aparecerá. É como se todos os amanheceres e entardeceres do mundo fossem projetados na lua", acrescenta a agência.

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Durante o eclipse, a Lua se move pela parte ocidental da constelação de Touro.

Dessa forma, um observador mais atento pode ver o aglomerado de estrelas das Plêiades no canto superior direito, e o aglomerado de Hyades — incluindo a estrela brilhante Aldebaran, o olho do touro — no canto inferior esquerdo.

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