Washington se compromete a reduzir entre 26% e 28% as emissões de gases do efeito estufa

31 mar 2015 - 12h37
(atualizado às 12h37)

Os Estados Unidos se comprometeram nesta terça-feira a reduzir entre 26% e 28% as emissões de gases de efeito estufa até 2025 (em relação a 2005), a oito meses do início da Conferência do Clima em Paris, que tem como objetivo alcançar um acordo mundial.

Repetindo as cifras anunciadas em novembro, em Pequim, durante a conclusão de um acordo inédito com a China, a Casa Branca anunciou ter transmitido oficialmente o compromisso à secretária-geral da Convenção do Clima das Nações Unidas.

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A meta anunciada da comunidade internacional é a de limitar o aquecimento global a 2°C na comparação com a era pré-industrial.

Para a ONG 350.org, os dados transmitidos à ONU representam um "compromisso importante" dos Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases que provocam o efeito estufa depois da China, "mas em si mesmo a oferta atual é claramente insuficiente para manter-se abaixo dos 2°C".

O presidente americano Barack Obama, que faz da luta contra o aquecimento global uma de suas prioridades, decidiu prescindir do Congresso, que se opõe de maneira veemente a qualquer legislação sobre o tema.

Obama escolheu a via regulamentar para avançar, com base especialmente na Agência de Proteção Ambiental (EPA).

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Em junho do ano passado ele anunciou novas normas para uma redução drástica das emissões de CO2 das centrais de energia elétrica existentes: redução de 30% em 2030 na comparação com 2005.

O carvão, que fornece mais de um terço da energia elétrica consumida nos Estados Unidos, continua sendo um componente central da matriz energética dos Estados Unidos.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as emissões de gases que provocam o efeito estufa - que não param de crescer - devem ser reduzidas em 40 a 70% até 2050 para a manutenção do rumo dos 2°C.

A União Europeia foi a primeira a transmitir, no início de março, o plano pós-2020 à ONU. O bloco prevê uma redução de 40% nas emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2030, na comparação com os níveis de 1990.

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