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Brasil é o 4º país com mais internautas, mas desigualdade da rede é um problema

5 out 2017 - 14h37

De acordo com um relatório divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o Brasil está na quarta posição na lista de países com mais pessoas conectadas à internet. No entanto, a desigualdade da rede é um problema, que coloca o país em uma posição inferior no que diz respeito à qualidade.

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Foto: Canaltech

Com 120 milhões de usuários conectados, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões), sendo que, depois do nosso país, aparecem o Japão (118 milhões), Rússia (104 milhões), Nigéria (87 milhões), Alemanha (72 milhões), México (72 milhões) e Reino Unido (59 milhões).

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Contudo, o relatório também avaliou o ritmo de crescimento do acesso à internet nos anos mais recentes, entre 2012 e 2015, e o Brasil teve um crescimento médio de 3,5%, perdendo para Índia (4,5%), Japão (4,6%), Nigéria (4,9%) e México (5,9%), sendo que países mais ricos, como EUA, China, Alemanha e Reino Unido apresentaram um ritmo de crescimento ainda mais lento do que o Brasil. No entanto, essas nações já possuem taxas de penetração maiores, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações.

Acesso desequilibrado

Ainda que o Brasil seja um dos cinco países mais conectados do mundo, a desigualdade no acesso à rede é gritante, segundo dados da pesquisa TIC Domicílios, do Núcleo de Informações e Comunicação do Comitê Gestor da Internet (CGI-Br). Segundo o levantamento, o percentual de residências conectadas é de 59% nos centros urbanos, enquanto as áreas rurais ficam com 26%. Já ao analisar as regiões do país, enquanto o Sudeste tem 64%, o Nordeste conta com 40%.

Ainda, casas cuja renda familiar seja de até um salário mínimo são somente 29% no que diz respeito à conexão com a internet, enquanto quem ganha até 10 salários mínimos representa 97% dos lares conectados.

Já ao avaliar a qualidade da conexão brasileira, a velocidade ainda é ruim, em geral. Segundo Flávia Lefévre, representante do Instituto Proteste e membro do Comitê Gestor da Internet, "a gente tem muitas pessoas conectadas, mas a qualidade do acesso ainda é ruim. A velocidade de provimento é menor do que a média mundial. Muitas pessoas ainda dependem de franquias ou de usar o Wi-Fi. Apesar de sermos a nona economia do mundo, temos no geral uma internet de baixa qualidade, especialmente para os mais pobres".

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