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Alexandre Ramagem é alvo de nova operação contra suposta espionagem ilegal na Abin

Polícia Federal faz buscas no gabinete do ex-diretor da Abin e no apartamento funcional da Câmara ocupado atualmente por ele

25 jan 2024 - 07h49
(atualizado às 09h35)
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Ramagem esteve à frente da Abin no período em que os servidores presos teriam utilizado a estrutura estatal para localizar os alvos da espionagem, entre julho de 2019 e abril de 2022
Ramagem esteve à frente da Abin no período em que os servidores presos teriam utilizado a estrutura estatal para localizar os alvos da espionagem, entre julho de 2019 e abril de 2022
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Equipes da Polícia Federal (PF) cumprem na manhã desta quinta-feira, 25, mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de participar de um esquema na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Um dos alvos da operação é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor do órgão no governo Jair Bolsonaro. 

Conforme as investigações, a organização criminosa utilizava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Entre os 21 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal faz buscas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara ocupado atualmente pelo parlamentar, que é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro com o apoio do ex-presidente Bolsonaro.

Também são cumpridas medidas cautelares diversas de prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. Os mandados são cumpridos em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF

Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo a GloboNews, a operação foi batizada de "Vigilância Aproximada" é é um desdobramento das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

"As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal", informou a corporação.

Os nomes dos alvos não foram divulgados. Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:

  • invasão de dispositivo informático alheio;
  • organização criminosa; e
  • interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A Abin é o órgão responsável por fornecer informações e análises estratégicas à Presidência da República para contribuir em tomada de decisões.

O Terra tentou contato com Alexandre Ramagem, mas não obteve retorno. O canal continua aberto para manifestações.  

Fonte: Redação Terra
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