Jornalista registra e devolve a marca Menina da Bota
Profissional registrou patente como um presente à artista e diz ter tido dificuldade em transferir documentação à família
Escritório de Vila Velha (ES) fez o registro. Jornalista se diz preocupado com o destino da dupla Menina da Bota e Waninho do Forró porque “sem ninguém para gerir profissionalmente, deve ficar como está, tendo muitas visualizações, mas sem dinheiro na conta”.
O jornalista Weverson Almeida da Silva, de Itamarandiba (MG), transferiu o registro da marca Menina da Bota à irmã da artista. A patente registrada por ele no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) agora está em nome de Lucileia Moreira de Oliveira, que cuida da documentação da irmã, Maria José Mendes, a Menina da Bota.
Silva diz que registrou a patente como um presente à artista. Pagou R$ 2 mil pela documentação feita em Vila Velha (ES), através do escritório Realize & Salvatto. Ele não quer receber o dinheiro de volta. “Foi um presente do meu jornal, era uma promoção. Mas não tive tempo de fazer uma foto entregando o documento”.
O jornalista é proprietário dos jornais Itamarandiba Hoje, online, e Vale Hoje, impresso e distribuído em nove cidades da região de Itamarandiba – a cidade de 32 mil habitantes fica a 400 quilômetros de Belo Horizonte.
Como o jornalista conheceu a Menina da Bota?
Silva conheceu a Menina da Bota e seu irmão, Waninho do Forró, em um show da dupla em 2 de junho de 2024, na cidade de Itamarandiba. O jornalista fez a cobertura do evento e ficou tocado com as necessidades dos artistas.
Foi ele quem intermediou o tratamento dentário dos irmãos e da família com a dentista Karine Chaves. Também apresentou a dupla a comerciantes locais, que fizeram vídeos publicitários com a Menina da Bota e o irmão.
Além da intenção de dar um presente, Silva diz que fez o registro da marca Menina da Bota “pela simplicidade dela, pela falta de conhecimento”. Na época, a artista tinha menos de 300 mil seguidores – atualmente, tem 1,3 milhão no Instagram.
O registro de marca é para uso comercial, “para que ninguém venha tomar dela e exigir dinheiro quando ela começar a monetizar”, explica o jornalista.
Dificuldade em transferir a marca
Após o registro, o jornalista conta que teve dificuldade em transferir o nome “pois não entendiam do que se tratava”. Após telefonemas e explicações, a patente passou para a irmã da Menina da Bota.
A família não sabia o que era registro de marca, “mas a gente que tem um pouco mais de conhecimento, sabe que é algo importante”, diz Silva.
O jornalista está preocupado com o destino artístico da Menina da Bota e de Waninho do Forró. Segundo ele, a dupla “tem um potencial enorme, mas pelo que observei, sem ninguém para gerir profissionalmente, deve ficar como está, tendo muitas visualizações, mas sem dinheiro na conta”.