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Por que as águas de Caldas Novas são, naturalmente, quentes

Por décadas, acreditou-se na existência de um vulcão [...]

4 abr 2024 - 08h03
(atualizado em 5/4/2024 às 15h04)
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Tudo começa no cenográfico e ainda pouco explorado Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCaN), uma área de mais de 12 mil hectares em forma de platô que separa as cidades de Rio Quente e Caldas Novas.

Vista de longe, essa elevação montanhosa se parece com uma cratera vulcânica, cujo formato alimentou por décadas a lenda de que as águas quentes da região viriam de um vulcão.

Rio Quente Resorts e a Serra de Caldas Novas
Rio Quente Resorts e a Serra de Caldas Novas
Foto: Pablo Regino/Mtur / Viagem em Pauta

Mas o que se sabe hoje é que essas águas escorrem por veios rochosos, descem a níveis profundos e se encontram com minerais que, após reações químicas, retornam ao solo em forma aquecida.

O resultado são mais de 300 piscinas termais, em parques aquáticos e em hotéis bem estruturados de Caldas Novas. Sem falar no município vizinho Rio Quente, a 26 quilômetros de distância, onde funciona o complexo de hotéis e parques Rio Quente Resorts.

Já as encostas do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas vêem brotar cachoeiras escondidas, como a do Paredão, uma queda de seis metros em uma trilha de 1,2 quilômetro de extensão, e a Cascatinha, uma pequena cachoeira de quatro metros que pode ser visitada em uma trilha de 900 metros.

Parque Estadual da Serra de Caldas Novas
Parque Estadual da Serra de Caldas Novas
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

Águas que curam

Com quase 100 mil habitantes, Caldas Novas é a versão urbana da região, endereço do turismo de massa e dos hotéis com tarifas mais econômicas, em comparação com a vizinha Rio Quente.

As águas quentes da região começaram a atrair visitantes na primeira década do século passado, quando os poços minerotermais de Caldas Novas eram procurados por suas propriedades medicinais que aliviavam dores reumáticas e curavam problemas de pele.

À época, foram identificados 23 fontes de águas quentes, às margens do Córrego das Lavras, com indicações terapêuticas, entre outras, em tratamentos hormonais, cura de alergias e alívio do cansaço. Porém, o boom turístico se daria mesmo, a partir dos anos 80, com o início da venda de títulos que davam acesso a clubes particulares de águas quentes da região.

Mas a história teria início, séculos antes, em 1722, quando o bandeirante Bartolomeu Bueno Filho descobriu, por acaso, as águas quentes de Goiás, ao se deparar com fontes borbulhantes, no leito rochoso do Rio Quente.

Viagem em Pauta
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