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Conheça 10 antigas prisões que foram abertas ao público

15 mar 2013 - 16h46
(atualizado às 16h47)
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Algumas famosas prisões como Alcatraz, que recebeu lendários nomes do crime como Al Capone, e Ilha Robben, onde Nelson Mandela foi mantido como preso político, despertam curiosidade. E graças a suas histórias, muitos desses edifícios passaram a abrigar museus ou se tornaram verdadeiros pontos turísticos. Confira presídios abertos à visitação.

Alcatraz, Estados Unidos

O explorador espanhol Juan Manuel Ayala batizou o lugar de Isla de los Alcatraces (Ilha dos Pelicanos), mas, apesar do nome que pode sugerir um ambiente propício a abrigar um belo resort, o espaço foi utilizado de uma maneira bem diferente. Com uma alta torre, de onde é possível enxergar a ilha toda, nasceu a prisão de segurança máxima Alcatraz. O famoso edifício recebeu presos célebres como o mafioso Al Capone, o assaltante de banco George "Machine Gun" Kelly e Robert Stroud, cuja vida inspirou o filme O Homem de Alcatraz. Atualmente os visitantes podem passear pelas celas e pelo pátio vazio da cadeia. Durante o tour é possível ouvir um áudio que fala sobre a trechos da história do local, como a ocupação indígena que aconteceu entre 1969 e 1971, como forma de pressão para que o governo atendesse suas reinvindicações por terras.

Prisão Old Melbourne, Austrália

Construída em meados de 1800, quando a corrida do ouro gerou uma onda de crimes, a Old Melbourne abrigava pequenos infratores, pessoas desabrigadas e doentes mentais, bem como criminosos perigosos. Ao todo, houve 133 execuções na prisão. A mais famosa delas foi a de Ned Kelly, enforcado em 1880 pelo assassinato de três policiais. Uma das máscaras de sua morte está em exibição no local. Embora a penitenciária tenha sido fechada em 1929, foi apenas em 1972 que o espaço foi tomado pelo National Trust. Agora, os visitantes podem fazer um passeio auto-guiado pelo prédio ou optar por um tour ghost, organizado por guias.

<p>A antiga prisão foi dominada pela floresta</p>
A antiga prisão foi dominada pela floresta
Foto: Tom Parrott/Journey Latin America
Ilha do Diabo, Guiana Francesa

Ao largo da costa da Guiana Francesa, na América do Sul, o arquipélago Îles du Salut abrigou um presidio francês de 1852 a 1953. Atualmente as excursões podem visitar apenas a Île Royale, onde os guardas e equipe que trabalhavam na prisão viviam. O local agora possui um hotel e um restaurante. O tour da Journey Latin America inclui também um passeio para a Île Saint-Joseph, onde é possível ver a área das celas de confinamento solitário, agora dominada pela floresta. A terceira ilha do grupo, a Île du Diable (Ilha do Diabo), recebeu o capitão Alfred Dreyfus como preso político e se tornou palco de uma fantástica história de fuga. Por ser cercada por muitos tubarões e fortes correntes cruzadas, o desembarque na lendária ilha não é permitido. Porém, é possível avistá-la a 200 metros de distância da Île Royale.

Oxford Castle, Inglaterra

Construído em 1071 por um barão , Oxford Castle foi utilizado pelo Rei Charles como uma prisão para deputados rebeldes durante a guerra civil inglesa. Após funcionar como presídio por centenas de anos, o castelo foi desativado em 1996. Em 2004, o local foi remodelado para incluir apartamentos, restaurantes, uma galeria de arte e muito mais, mas as peças-chave do presídio foram preservadas. Agora Oxford Castle - Unlocked oferece visitas guiadas que permitem que os visitantes experimentem diversas atrações que retomam o século 18. Além disso, é possível reviver a atmosfera opressiva do local na cripta de 900 anos e ter uma vista panorâmica do terreno da Saxon St. George’s Tower.

Prisão Estadual Horsens, Dinamarca

Depois de 153 anos os portões da prisão estadual Horsens fecharam pela última vez em 2006. Agora, a Faengslet dirige uma instituição cultural nos imponentes prédios. O local abriga o Museu da Prisão e instalações para conferências e negócios. A antiga cadeia também recebe grandes shows ao longo do ano. Durante o tour pela penitenciária, os visitantes ouvem histórias de ex-detentos como Jens Nielsen, que odiava tanto estar preso que tentou mantar um guarda três vezes e obteve pena de morte. Sua execução, em 1892, foi a última realizada no país e o machado do carrasco que cortou a cabeça de Nielsen com um único golpe está exposto no local.

Penitenciária Eastern State, Estados Unidos

Desde a sua abertura, em 1829, a penitenciária Eastern State, na Filadélfia, possuía um controverso sistema de total confinamento solitário. Depois de visitá-la, em 1842, Charles Dickens escreveu: "O sistema é rígido, rigoroso e sem esperança ... e eu acredito que seja cruel e errado". Fechada em 1970, a prisão se tornou uma grande atração turística. Ao contrário das primeiras turnês em 1994, quando os visitantes usavam capacetes, há agora um tour narrado pelo ator Steve Buscemi, que permite aos curiosos explorar atrás das grades, as paredes do castelo e ouvir ex-guardas descrevendo a vida dos reclusos. O local também oferece aterrorizantes tours noturnos.

<p>A penitenciária recebeu muitos presos políticos tendo grande importância histórica para o país</p>
A penitenciária recebeu muitos presos políticos tendo grande importância histórica para o país
Foto: Wikipedia/Reprodução
Prisão de Kilmainham, Irlanda

Quando foi inaugurado, em 1796, este prédio em Dublin era a prisão do condado e recebeu muitos presos comuns, incluindo 4 mil detentos transportados depois para a Austrália. Porém, o lugar se tornou um símbolo do nacionalismo irlandês porque muitos que se rebelaram contra o domínio britânico foram presos e executados, inclusive os envolvidos nos levantes e guerras de 1916, 1919-21 e 1922-24. Atualmente, visitas guiadas estão disponíveis e incluem uma mostra audiovisual. A exposição detalha a história política da penitenciária e fala sobre sua restauração.  

Port Arthur, Austrália

Patrimônio Mundial da UNESCO, Port Arthur abrigou uma prisão colonial, que funcionou na ilha da Tasmânia, entre 1830 e 1877. Os prédios em ruínas são lembranças da vida dos detentos. Lá, os mortos se tornaram personagens principais de uma atração turística. Os passeios de barco saem da Ilha dos Mortos, onde apenas 180 dos 1.646 túmulos possuem registros. Os tours à luz de lanterna também fazem sucesso. A Paranormal Investigacion Experience é uma nova atração voltada apenas ao público adulto e, neste passeio, os visitantes utilizam um equipamento profissional para tentar detectar fantasmas e atividades paranormais.

Hostel Celica, Suécia

Apesar de a reforma ter eliminado o clima pesado das celas individuais da penitenciária, esse albergue aproveitou parte da estrutura para criar acomodações peculiares. O lugar que abrigava uma antiga prisão militar em Ljubljana, Eslovênia, é onde funciona agora o colorido Hostel Celiaca. As 20 celas da cadeia receberam nova decoração feita por artistas e recebem viajantes. Da mesma forma, a Hostelling International tem dois albergues localizados em prisões renovadas, permitindo que os hóspedes explorem a história do edifício e durmam em celas. Na Suécia, o Langholmen Hostel está localizado na antiga prisão preventiva da coroa, enquanto no Canadá a Carleton County Jail é agora o Ottawa Jail Hostel.

Ilha Robben, África do Sul

A Ilha Robben, na costa da Cidade do Cabo, foi a casa de um presídio de segurança máxima. Presos políticos, especialmente ativistas anti-apartheid, foram enviados para lá. Entre eles o mais famosos é Nelson Mandela, que cumpriu 18 de seus 27 anos de pena em Robben. Ele descreveu a prisão como "sem dúvida o mais duro posto do sistema penal sul-africano". Após ser libertado, Mandela se tornou presidente do país. A Ilha Robben é considerada um patrimônio mundial por ser um marco do triunfo da democracia e da liberdade sobre a opressão e o racismo. A turnê padrão pelo local dura três horas e meia, inclui os passeios de balsa e é orientada por um ex-preso político.

Fonte: Terra
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