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Festival Folclórico de Parintins retorna em 2022

Com alegorias, torcidas fanáticas e fantasias extravagantes, a festa acontecerá entre os dias 24 e 26 de junho

23 mai 2022 - 19h14
(atualizado em 25/5/2022 às 23h17)
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Às margens do Rio Amazonas, a pequena ilha de Parintins entra em polvorosa ao final do mês de junho, anualmente, desde 1964. O motivo? O Festival Folclórico de Parintins, que foi adiado por dois anos em decorrência da pandemia. Para a felicidade dos moradores e visitantes, o evento estará de volta em 2022, durante os dias 24, 25 e 26 de junho. Com direito a alegorias, torcidas fanáticas e fantasias extravagantes, as festividades de Parintins estão para o Amazonas como o Carnaval está para o Rio de Janeiro.

As festividades de Parintins estão para o Amazonas como o Carnaval está para o Rio de Janeiro.
As festividades de Parintins estão para o Amazonas como o Carnaval está para o Rio de Janeiro.
Foto: Ministério da Cultura/Wikimedia Commons / Viagem e Turismo

Tudo gira em torno da rivalidade histórica entre o Boi Caprichoso, representado pela cor azul, e o Garantido, simbolizado pelo vermelho. Durante os três dias de festival, os bumbás devem competir entre si, por meio de encenações que exaltam a cultura indígena, cabocla e ribeirinha. Embalados pelas toadas e pelas canções regionais, os brincantes, como são chamados os foliões que se apresentam na arena, exaltam os mitos, crenças, lendas, ritos e história da região. Tudo isso acontece no Centro Cultural de Parintins - o Bumbódromo, espaço com capacidade para 35 mil pessoas, construído no formato da cabeça de um boi.

Os torcedores fervorosos, que ficam separados em cada lado da arena, são parte crucial da competição porque a animação é levada em conta na hora de definir o vencedor. Os visitantes que não pertencem nem a um lado nem ao outro não podem marcar bobeira: nada de entrar de azul no meio dos Garantidos. Ou você escolhe um dos bois ou veste uma cor neutra, mas saiba que é bem difícil manter a impessoalidade quando as apresentações começam. E vai ficar feio para o espectador que estiver na área do Boi Caprichoso, por exemplo, demonstrar o mínimo de empolgação no momento em que o Garantido estiver se apresentando.

Como chegar a Parintins

De avião - A opção mais rápida é pegar o voo de cerca de uma hora de Manaus ao Aeroporto Júlio Belém, em Parintins. Porém, as passagens encarecem bastante nessa época do ano e se esgotam rapidamente. Para atender a demanda, a Azul vai operar uma rota especial de Manaus a Parintins entre 21 e 28 de junho.

De barco - Também é possível ir de Manaus a Parintins em viagens de barco, que duram de 14 a 18 horas pelo Rio Amazonas. De Santarém, o trajeto é um pouco mais rápido, de 11 horas.

De lancha - Do porto de Manaus também saem lanchas rápidas que vencem a distância até Parintins em 8 a 10 horas.

Onde ficar em Parintins

Como não há cidades próximas com infraestrutura para receber visitantes, o jeito é se hospedar em Parintins mesmo, mas as opções são escassas. O hotel mais estruturado é o Amazon River Resort. Os demais são pousadas simplórias ( veja algumas opções aqui). Para resolver o problema da hospedagem, alguns moradores acabam alugando quartos de suas próprias casas para os visitantes. Outra solução são os pacotes fluviais, onde os barcos não só levam de Manaus a Parintins como também servem para pernoitar, seja em quartos privativos ou em redes. Há ainda quem recorra a pacotes aéreos de bate e volta, com retorno de madrugada, logo após a apresentação dos bumbás.

Ingressos para o Festival de Parintins

Os ingressos do Festival Folclórico podem ser adquiridos apenas pela bilheteria online, no site oficial do evento. Entradas compradas para a edição de 2020 são válidas e, em caso de falha de impressão ou rasuras, é possível solicitar a reemissão à Amazon Best, organizadora do evento. A venda de ingressos para 2022 ainda não foi iniciada, então vale ficar de olho no site e no Instagram.

História do Festival de Parintins

A tradição nasceu há quase um século atrás, de uma brincadeira em que dois grupos representavam o conto folclórico do Boi-Bumbá em uma versão adaptado para a realidade amazônica, mesclada com lendas dos povos indígenas. O primeiro boi a surgir foi o Garantido, conhecido também como "Boi do Povão", em 1913. Já o Galante apareceu pela primeira vez em 1922 e foi renomeado de Caprichoso em 1925, sempre como o representante das elites de Parintins. O primeiro festival oficial, porém, só foi acontecer mesmo em 1965. De lá para cá, ele evoluiu de uma festa informal no centro da cidade para um espetáculo grandioso que já atraiu mais de 100 mil pessoas para o Bumbódromo. A população da cidade, de 115 mil habitantes, chega a dobrar durante o evento. O livro Boi-Bumbá: Evolução, do escritor amazonense Allan Rodrigues, traz mais detalhes sobre essa história. Outra forma de mergulhar na cultura do Garantido e do Capricho é pelas canções oficiais de cada um, que você pode escutar a seguir:

Viagem e Turismo
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