Raiva: saiba mais sobre a doença, quais os sintomas e como prevenir
Descubra tudo sobre a raiva: sintomas, formas de prevenção e as principais informações para proteger você e sua família dessa doença grave
Entre as zoonoses de maior relevância mundial, a raiva se destaca pela sua gravidade e pelo alto índice de letalidade em humanos e animais. Reconhecida desde tempos antigos, essa enfermidade viral ainda desafia profissionais da saúde e órgãos de vigilância devido à sua capacidade de transmissão e à inexistência de tratamento eficaz após o surgimento dos sintomas. Por esse motivo, a disseminação de informações claras e atualizadas sobre o tema é fundamental para promover a prevenção e reduzir o número de casos.
Em 2025, a raiva continua sendo motivo de atenção, sobretudo em regiões onde o acesso ao controle vacinal de animais é limitado. O vírus da raiva tem grande facilidade de deslocamento entre espécies, podendo afetar cães, gatos, morcegos, bois e seres humanos, entre outros. O principal meio de transmissão ocorre por meio da mordida ou arranhão de um animal infectado, ou até mesmo pelo contato da saliva do portador com mucosas ou feridas abertas.
Quais são os sintomas da raiva em humanos?
O quadro clínico da infecção pelo vírus da raiva costuma apresentar sinais iniciais pouco específicos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Entre os primeiros sintomas estão febre, mal-estar, dor de cabeça e desconforto generalizado. Com a evolução do quadro, surgem manifestações neurológicas como ansiedade, confusão mental, agitação, dificuldade para engolir, sensibilidade à luz e ao som, além de espasmos musculares. Em casos avançados, há paralisia, convulsões e, na maioria das situações, o desfecho é fatal.
- Febre súbita
- Mudança de comportamento
- Falta de coordenação motora
- Hidro e aerofobia (medo de água e ar, devido às contrações musculares)
- Delírios e alucinações
Como ocorre a transmissão da raiva?
Em sua maioria, as infecções em humanos resultam do contato com cães e gatos contaminados, porém, morcegos desempenham papel crescente na transmissão em áreas urbanas e rurais. A grande maioria dos casos ocorre por mordedura, mas arranhões ou lambidas em feridas expostas também oferecem risco. Há relatos de transmissão em ambientes hospitalares, por acidente com materiais biológicos, contudo, essas ocorrências são incomuns.
É importante destacar que o vírus é altamente sensível à luz solar, calor e agentes desinfetantes, o que o torna susceptível fora do organismo. No entanto, a prevenção do contato com animais suspeitos é a medida-chave de proteção.
Como se prevenir da raiva?
A prevenção da raiva envolve um conjunto de ações coordenadas, centradas principalmente na vacinação de animais e na disseminação de informações à população. Dentre as medidas preventivas, destacam-se:
- Vacinação anual de cães e gatos: fundamental no controle e erradicação da doença.
- Evitar contato com animais desconhecidos, especialmente aqueles com comportamento agressivo ou alterações neurológicas.
- Higienização imediata com água e sabão de qualquer ferida causada por mordida ou arranhão de animal.
- Procurar atendimento médico rápido para análise de indicação da profilaxia antirrábica.
- Notificar autoridades de vigilância sanitária ao identificar sinais suspeitos em animais domésticos ou silvestres.
A vacinação de animais domésticos permanece como a estratégia mais eficiente para evitar a disseminação da raiva entre humanos. Moradores de áreas rurais e urbanas devem manter o calendário de imunização atualizado, observando campanhas promovidas pelos órgãos de saúde local. Essa prática é capaz de interromper o ciclo de transmissão e proteger tanto os animais como a comunidade.
Quais as ações recomendadas em caso de exposição ao vírus da raiva?
Diante de uma mordida ou contato suspeito, a primeira providência é lavar o local com água corrente e sabão em abundância. Posteriormente, a vítima deve comparecer a uma unidade de saúde para avaliação. Com base nas características do ferimento, tipo de animal e disponibilidade de informações sobre o animal agressor, o profissional de saúde irá determinar se há necessidade de administração de vacinação pós-exposição ou de soro antirrábico.
Cabe lembrar que, após o início dos sintomas, a doença não tem cura, reforçando a importância do atendimento imediato. Animais que apresentaram comportamento estranho, agressividade repentina ou dificuldade para engolir devem ser monitorados por um profissional veterinário, isolados de outros animais e pessoas enquanto são observados.
Ao centralizar esforços na prevenção, no reconhecimento rápido dos sintomas e no cuidado imediato após possíveis exposições, é possível reduzir substancialmente o número de casos de raiva no Brasil e no mundo, avançando para o objetivo de eliminação da doença em humanos. Para isso, informação de qualidade e colaboração de toda a sociedade são fundamentais.