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Primeiro humano a receber rim de porco em transplante morre

12 mai 2024 - 16h15
(atualizado em 13/5/2024 às 20h30)
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Brasileiro comandou a primeira cirurgia de transplante de um rim de porco em uma pessoa viva
Brasileiro comandou a primeira cirurgia de transplante de um rim de porco em uma pessoa viva
Foto: Divulgação/Massachussets General Hospital

Um homem com doença renal em estágio terminal que no início deste ano se tornou o primeiro ser humano a receber um novo rim de um porco geneticamente modificado morreu, disse o Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.

"A equipe de transplante do Mass General está profundamente triste com o falecimento repentino do Sr. Rick Slayman", disse o hospital em comunicado no sábado. "Não temos indicação de que tenha sido o resultado de seu recente transplante".

Slayman, 62 anos, de Weymouth, Massachusetts, recebeu o transplante em março, em uma cirurgia de quatro horas que o hospital na época chamou de "um marco importante na busca por fornecer órgãos mais prontamente disponíveis aos pacientes".

"Nossa família está profundamente triste com o falecimento repentino de nosso amado Rick, mas fica muito consolado saber que ele inspirou tantos", disse a família de Slayman em comunicado.

Slayman havia recebido um transplante de rim humano no mesmo hospital em 2018, após sete anos em diálise, mas o órgão falhou após cinco anos e ele retomou os tratamentos de diálise.

O rim foi fornecido pela eGenesis de Cambridge, Massachusetts, de um porco que foi geneticamente editado para remover genes prejudiciais a um receptor humano e adicionar certos genes humanos para melhorar a compatibilidade, segundo o hospital. A empresa também inativou vírus inerentes a suínos que têm potencial para infectar humanos.

Rins de porcos editados de forma semelhante criados pela eGenesis foram transplantados com sucesso em macacos que foram mantidos vivos por uma média de 176 dias e, em um caso, por mais de dois anos, relataram pesquisadores em outubro na revista Nature.

Os medicamentos usados para ajudar a prevenir a rejeição do órgão do porco pelo sistema imunológico do paciente incluíam um anticorpo experimental chamado tegoprubart, desenvolvido pela Eledon Pharmaceuticals, de acordo com o hospital.

De acordo com um rastreador de dados mantido pela Rede Unida para Compartilhamento de Órgãos, mais de 100 mil pessoas nos EUA aguardam um órgão para transplante, sendo os rins os mais procurados.

Os cirurgiões da NYU já haviam transplantado rins de porco em pessoas com morte cerebral.

Uma equipe da Universidade de Maryland transplantou em janeiro de 2022 um coração de porco geneticamente modificado em um homem de 57 anos com doença cardíaca terminal, mas ele morreu dois meses depois.

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