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Países começam a evacuar seus cidadãos de Wuhan por causa do coronavírus

No Brasil, Bolsonaro disse que ainda não deve, por enquanto, retirar famílias brasileiras de regiões onde há pessoas infectadas

29 jan 2020 - 02h28
(atualizado às 12h05)
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WUHAN - O surto de coronavírus na China fez alguns países criarem planos de retirada e seus cidadãos de Wuhan, capital da Província de Hubei, epicentro da disseminação dos casos. O vírus já matou mais de 100 pessoas e deixou outras 5 mil infectadas.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 28, que o País não deve, por enquanto, retirar famílias brasileiras de regiões onde há pessoas infectadas.

"Pelo que parece tem uma família na região onde o vírus está atuando. Não seria oportuno a gente tirar de lá, com todo o respeito. Pelo contrário, agora não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas", disse Bolsonaro, sem deixar a qual família se referia.

Veja abaixo a iniciativa de alguns países para retirar seus cidadãos de Wuhan:

  • Austrália

A Austrália quer levar cerca de 600 cidadãos que moram na Província de Hubei para a Ilha Christmas, um território do Oceano Índico onde são internados os demandantes de asilo, de acordo com um projeto apresentado nesta quarta. O primeiro-ministro do país, Scott Morrison, disse que os australianos considerados "vulneráveis", incluindo crianças e idosos, assim como as pessoas que passaram por Hubei, terão prioridade na operação de retirada.

  • Coreia do Sul

O governo da Coreia do Sul expressou nesta terça a intenção de enviar dois aviões ainda nesta semana a Wuhan para retirar centenas de cidadãos sul-coreanos que residem na cidade chinesa. O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, disse em reunião de emergência com o gabinete de governo que dois voos charter estão programados para serem enviados a Wuhan na quinta e na sexta-feira para repatriar sul-coreanos.

  • Espanha

Na Espanha, a ministra das Relações Exterior, Arancha González, informou que o país repatriaria cerca de 20 espanhóis que vivem na região de Wuhan.

  • Estados Unidos

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciaram que cerca de 210 cidadãos americanos serão retirados de Wuhan. Eles devem desembarcar na Califórnia.

  • Filipinas

O Departamento de Relações Exteriores das Filipinas disse que repatriará cidadãos que desejem deixar a Província de Hubei, onde estima-se que haja 300 filipinos. Desses, cerca de 150 estão na cidade de Wuhan. Ao chegarem ao país, filipinos repatriados devem passar por uma quarentena obrigatória de 14 dias. O Departamento de Relações Exteriores das Filipinas tem dois voos fretados prontos para voar para Hubei assim que obtiver licenças da China.

  • França

A França ativou o mecanismo de proteção civil da União Europeia (UE) na terça-feira, 28, e solicitou ajuda para fornecer apoio consular e repatriamento de cidadãos da comunidade europeia em Wuhan. Para isso, dois aviões serão mobilizados. A primeira aeronave partiu da França nesta quarta, e a segunda ainda nesta semana. Segundo a UE, 250 cidadãos franceses serão transportados no primeiro avião e mais de 100 cidadãos da comunidade no segundo.

  • Índia

A Índia também se prepara para evacuar 250 cidadãos em Wuhan. A companhia aérea estatal Air India estava de prontidão nesta quarta. "Iniciamos o processo de preparação para a evacuação de cidadãos indianos afetados pela situação", disse Raveesh Kumar, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia.

  • Japão

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse o fretou um voo para trazer cidadãos japoneses que querem deixar a cidade chinesa de Wuhan. O voo aconteceu nesta quarta. "Decidi que todos aqueles que querem voltar para casa, voltarão", disse Abe.

  • Marrocos

Marrocos anunciou que retirará cerca de 100 cidadãos, a maioria deles estudantes, da região de Wuhan.

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Estadão
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