Morte súbita: Como prevenir o infarto fulminante?
Você sabe como evitar a morte súbita? Especialistas explicam como reduzir o risco e identificar fatores silenciosos
O infarto fulminante permanece entre as principais causas de morte súbita no Brasil, responsável por tirar a vida de milhares de pessoas todos os anos — muitas delas sem qualquer diagnóstico prévio de problemas cardíacos. Esse caráter inesperado torna o evento ainda mais assustador.
Dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), baseados em informações do Ministério da Saúde, mostram que o número de internações por infarto no país cresceu mais de 150% nos últimos 14 anos, apenas até 2023. Os números reforçam a necessidade de atenção e cuidado contínuo com a saúde cardiovascular.
O que desencadeia o infarto fulminante?
Embora aconteça de forma abrupta, o infarto fulminante raramente surge sem aviso interno. Em geral, existe um acúmulo silencioso de fatores de risco, como colesterol alto, hipertensão descontrolada, histórico familiar, tabagismo, sedentarismo e diabetes.
A combinação desses elementos favorece o rompimento de placas nas artérias, interrompendo o fluxo sanguíneo de maneira súbita — exatamente o que caracteriza o infarto fulminante. Em muitos casos, ele ocorre sem apresentar sintomas prévios.
Por que tantos casos ocorrem sem diagnóstico?
Segundo o cardiologista Dr. Roberto Yano, o grande perigo está na ausência de acompanhamento médico contínuo.
"Grande parte dos casos acontece em pessoas que nunca fizeram check-ups regulares, por exemplo. Quando o coração avisa de uma forma drástica, muitas vezes já é tarde demais, por isso ter alguns cuidados preventivos pode ser a diferença entre sobreviver ou não de uma situação mais grave", afirma.
Como reduzir o risco?
A prevenção, de acordo com especialistas, é o caminho mais seguro — e ela pode começar com mudanças simples no estilo de vida.
O Dr. Roberto Yano reforça que práticas diárias básicas desempenham papel crucial:
"Hábitos simples como controlar a pressão, praticar atividade física e evitar o cigarro reduzem significativamente o risco. O problema é que muitos só procuram ajuda após sentirem os primeiros sintomas", alerta.
Além disso, exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma devem ser incorporados à rotina, especialmente depois dos 40 anos. No entanto, a frequência e o tipo de check-up precisam ser individualizados, o que reforça a importância das consultas regulares.
O recado final do especialista
"O coração não espera e muitas vezes sequer avisa, quanto mais cedo cuidamos dele, menor a chance de sermos surpreendidos. Enxergar o autocuidado como prioridade é essencial", alerta o Dr. Roberto Yano.