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Médicos cubanos começam a sair do País nesta quinta-feira

Conforme o Estado adiantou, parte dos profissionais já deixou de trabalhar nesta terça-feira, 20

21 nov 2018 - 15h14
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BRASÍLIA - Profissionais cubanos que participavam do programa Mais Médicos começam a embarcar nos voos de volta para a ilha caribenha nesta quinta-feira, 22. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), já estão confirmados cinco voos entre esta quinta-feira, 22, e sábado, 24.

Conforme o Estado adiantou, uma parcela já começou a sair dos municípios em direção às cidades de onde os voos para Cuba deverão partir. A previsão é de que eles deixem o País até o dia 12 de dezembro. Atualmente, o País concentra 8.332 profissionais que iniciaram suas atividades no Mais Médicos a partir do recrutamento feito pela Organização Pan-Americana de Saúde.

O acordo de cooperação foi rompido semana passada por Cuba, numa reação às declarações feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao programa. Bolsonaro, afirmou que, durante seu governo, somente seria permitida a participação de médicos que fizessem a validação do diploma.

O presidente eleito também afirmou que mudaria a forma de pagamento dos profissionais. Eles receberiam diretamente e integralmente os salários do governo brasileiro. Hoje, o equivalente a dois terços da remuneração é entregue ao governo cubano.

As despesas do deslocamento dos médicos recrutados pela OPAS serão pagas pelo governo cubano, informou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

Em pelo menos 600 cidades brasileiras, o atendimento na atenção básica é feito exclusivamente por profissionais do Mais Médicos. O Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde estima que nesses locais o atendimento na atenção básica poderá sofrer interrupção.

Site fora do ar

Para tentar reduzir o risco de apagão no atendimento, o Ministério da Saúde lançou um edital, com regras e prazos facilitados, para preenchimento das vagas até agora ocupadas por profissionais cubanos. O prazo de inscrição teve início hoje para médicos formados no Brasil.

Em três horas, o Ministério da Saúde recebeu mais de 3 mil inscrições, mas, de acordo com a pasta, o site sofreu um ataque, e, com isso, o sistema ficou instável. A pasta afirmou ter recebido um milhão de acessos, mais do que o dobro do quantitativo de médicos em atuação no País.

Em nota, o Ministério sugere que interessados devam manter a tentativa de acesso. Não haverá alteração do cronograma de inscrição.

Estadão
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