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Estudo analisa efeitos do treino de força após câncer de mama

Ajuda a diminuir os níveis de cortisol e o estresse fisiológico

30 set 2024 - 14h01
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O câncer de mama é considerado um tipo de tumor comum, tanto no Brasil quanto no mundo, ou seja, é alvo constante de investigação da ciência. Assim, o estudo do CEUB (Centro Universitário de Brasília) aproveitou esse assunto e descobriu que existem benefícios do treino de força na recuperação da doença.

Treino de força após câncer de mama
Treino de força após câncer de mama
Foto: Shutterstock / Sport Life

A relação do treino de força após câncer de mama

O estudo investigou intervenções que amenizam os efeitos colaterais do tratamento e a melhorar a qualidade de vida. Assim, como metodologia um grupo de mulheres diagnosticadas com câncer de mama foi submetida a dois protocolos de treinamento de força com diferentes intensidades.

As participantes realizaram cinco exercícios e receberam avaliação dos indicadores de concentração de cortisol, percepção de esforço, dor tardia, funcionalidade e força geral.

Assim, os níveis de cortisol diminuíram significativamente após a sessão de alta intensidade. "Esse achado abre portas para novas investigações. Os efeitos hormonais do treinamento de força em sobreviventes de câncer ainda são pouco compreendidos", destaca a estudante do curso de Educação Física do CEUB e autora do estudo, Isabel Miranda.

A autora pontuou que a percepção de esforço das participantes condizia com as intensidades de cada sessão. E a dor muscular pós-exercício diminuiu tanto em sessões de intensidade moderada quanto alta.

Detalhe que mesmo após 24 horas do treino a dor alcançou seu pico, mas começou a decrescer após 48 horas e continuou diminuindo após 72 horas. "Sabíamos que a musculação havia potencial de trazer diversos benefícios a essas mulheres, mas queríamos entender como diferentes níveis de intensidade impactariam variáveis como cortisol, percepção de esforço e dor muscular tardia", completou Isabel.

Acréscimo

"Essa descoberta nos leva a investigar mais, pois não há muitos estudos sobre isso. Inicialmente, a hipótese era de que o cortisol aumentaria", falou a orientadora da pesquisa e coordenadora Educação Física do CEUB, Renata Dantas.

Rompimento de tabu

Os resultados têm potencial para influenciar a forma como profissionais de saúde abordam a prescrição de exercícios para sobreviventes de câncer de mama. "Essa pesquisa rompe com o tabu de que o treinamento de força é muito pesado para essa população. Ao contrário, pode trazer muitos benefícios", concluiu Isabel Miranda.

Sport Life
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