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'É a coisa mais dolorosa que você vai ter na vida', diz homem com Mpox

OMS declarou emergência de saúde pública para doença; no Brasil, ainda não há registro da nova variante

21 ago 2024 - 13h41
(atualizado às 13h42)
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Foto: CartaCapital

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou novamente na última semana uma emergência de saúde pública de importância internacional devido ao aumento dos casos de Mpox e à descoberta de uma nova variante do vírus, chamada Clado 1b.

Essa linhagem é motivo de preocupação especial, pois é mais severa em comparação com o Clado 2b, que se espalhou globalmente em 2022 e levou à primeira declaração de emergência sobre a doença, quando ela ainda era conhecida como "varíola dos macacos".

Apesar de o Clado 2b ser relativamente menos grave, com uma letalidade até 10 vezes menor, ainda há casos graves associados a ele. Essa variante continua circulando e provocou 709 casos no Brasil somente neste ano.

A Mpox começa a se manifestar entre 3 a 21 dias após a exposição ao vírus. Os primeiros sintomas geralmente incluem:

  • Erupções cutâneas ou lesões de pele
  • Linfonodos inchados (ínguas)
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo
  • Calafrio
  • Fraqueza

Essas lesões podem ser extremamente dolorosas, especialmente quando o contágio ocorre por meio sexual e as lesões aparecem nas genitálias. 

Em entrevista à NBC, rede de televisão e de rádio comercial americana, Rob Short, de 29 anos, contou que a dor foi tão intensa que ele quase desmaiou:

"É a coisa mais dolorosa que você vai experimentar na vida."

Um enfermeiro de 41 anos de Nova York, também relatou à rede que uma lesão na uretra o fez sentir medo de urinar:

"Parece que mil facas em chamas estão tentando sair da minha uretra ao mesmo tempo."

Gerald Febles, de 25 anos e também de Nova York, relatou dores terríveis em todo o corpo, com lesões na boca e nas gengivas:

"A dor se tornou insuportável. Todas as articulações do meu corpo doem."

Como identificar se você está com Mpox?

De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. 

Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

A estratégia de vacinação prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença:

  • Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. 
  • Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.
  • Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.
Fonte: Redação Terra Você
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