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Dores, infecções e assaduras após a bariátrica. Como a cirurgia reparadora faz parte do tratamento?

A perda rápida e significativa de peso após a cirurgia bariátrica transforma a saúde e a rotina de muitos pacientes

26 nov 2025 - 17h27
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A perda rápida e significativa de peso após a cirurgia bariátrica transforma a saúde e a rotina de muitos pacientes, mas também pode revelar um efeito pouco discutido: o excesso de pele.

Cirurgia bariátrica
Cirurgia bariátrica
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Além do impacto estético, essa sobra pode gerar assaduras, infecções recorrentes, dificuldades de locomoção e até prejuízos emocionais que comprometem a qualidade de vida.

Diante desse cenário, a cirurgia reparadora deixa de ser apenas uma escolha estética, ou entendida como vaidade, e passa a integrar o próprio tratamento pós-bariátrica, com indicação médica formal em diversos casos.

Entenda por que esse procedimento é considerado parte essencial da reabilitação, quais riscos o excesso de pele representa e como definir o momento adequado para intervir com segurança com o Dr. Paulo Ricardo Rocha, cirurgião plástico especialista em harmonia corporal e técnica de mama estruturada:

1 - Quais os riscos do excesso de pele após a bariátrica?

Dr. Paulo: O paciente que passa por uma grande perda ponderal, invariavelmente, apresenta algum grau de flacidez de pele.

Esse excesso de pele pode causar desconfortos físicos e funcionais, como assaduras, infecções de repetição nas dobras, dificuldade para encontrar roupas adequadas, limitação em atividades físicas e impacto direto na autoestima. Além do aspecto estético, trata-se também de um problema de saúde e qualidade de vida, que muitas vezes precisa de correção cirúrgica para devolver conforto e bem-estar.

2 - Quais critérios clínicos e estéticos são avaliados para indicar cirurgia reparadora após a bariátrica? Por que isso faz parte da recuperação?

Dr. Paulo: São considerados diversos fatores durante o exame físico, incluindo localização e quantidade de pele excedente, qualidade da pele, presença de assaduras, irritações crônicas e comprometimento higiênico.

No entanto, os critérios mais relevantes são o impacto estético, higiênico e emocional, já que o excesso de pele interfere diretamente na rotina e na imagem corporal.

A reparadora faz parte da recuperação porque o emagrecimento não termina apenas com a perda de peso: a remoção do excesso de pele promove sensação de fechamento do ciclo, melhora da mobilidade, prevenção de problemas dermatológicos e fortalecimento da autoestima.

3 - Como o excesso de pele interfere na escolha da técnica cirúrgica?

Dr. Paulo: Quanto maior a quantidade de pele excedente, mais complexa se torna a escolha da técnica ideal. O cirurgião precisa avaliar o grau de flacidez e o comprometimento das estruturas ao redor para decidir por incisões maiores, diferentes vetores de tração ou procedimentos combinados.

Por isso, casos com grande excesso de pele exigem maior precisão técnica, experiência e qualificação do profissional, garantindo segurança, simetria e resultados estéticos mais harmônicos.

4 - Existe um período ideal para a cirurgia reparadora? E por que ele importa para a segurança e o resultado?

Dr. Paulo: Sim. O ideal é que o paciente esteja com o peso estabilizado por pelo menos um ano após a bariátrica. Essa estabilidade evita oscilações que poderiam comprometer o resultado da cirurgia e permite avaliar com mais exatidão quanto de pele realmente necessita de remoção.

Além disso, o período adequado melhora a previsibilidade da cirurgia, diminui riscos, favorece uma cicatrização mais eficiente e proporciona ganhos estéticos mais duradouros.

5 - Quais são os principais riscos e cuidados no pós-operatório de cirurgia reparadora em pacientes bariátricos?

Dr. Paulo: Pacientes bariátricos podem apresentar maior tendência a deficiências nutricionais e alterações na cicatrização, o que exige atenção redobrada no pós-operatório. Entre os principais riscos estão: seroma, hematomas, infecção, deiscência (abertura) de pontos, trombose e cicatrização mais lenta.

Os cuidados incluem:

  • Avaliação nutricional rigorosa e reposição de vitaminas e proteínas quando necessário;
  • Uso contínuo e adequado das cintas e malhas compressivas;
  • Drenagem linfática orientada pela equipe médica;
  • Evitar esforços físicos nas primeiras semanas;
  • Hidratação adequada e alimentação equilibrada;
  • Acompanhamento periódico com o cirurgião para detecção precoce de qualquer complicação.
  • Um pós-operatório bem conduzido é determinante para garantir segurança, minimizar riscos e alcançar o melhor resultado estético possível.
Saúde em Dia
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