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Lúpus, doença de Paulinha em ‘Amor à Vida’, interna 2 por dia no SUS de SP

Doença autoimune não tem causa conhecida, mas pode ser tratada com sucesso

17 jul 2013 - 19h32
(atualizado às 19h35)
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<p>A personagem infantil Paulinha foge do perfil mais comum entre os que sofrem da doença: é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico</p>
A personagem infantil Paulinha foge do perfil mais comum entre os que sofrem da doença: é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico
Foto: TV Globo / Divulgação

A personagem Paulinha, vivida pela atriz-mirim Klara Castanho na novela global 'Amor à Vida', sofre de lúpus no fígado. A doença, que não possui causa conhecida nem tem cura, foi a causa de 637 internações no SUS do estado de São Paulo em 2012. Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com base nos dados de 2012 e divulgado nesta quarta (17), mostra que, em média, os hospitais públicos do Estado internam duas pessoas a cada dia com diagnóstico de lúpus eritematoso.

O lúpus afeta o sistema imunológico do doente, que passa a produzir anticorpos que atacam e provocam inflamação de células e tecidos saudáveis do corpo, por isso é chamado de doença autoimune. Segundo Lenise Brandão Pieruccetti, chefe de reumatologia do Hospital Heliópolis, na zona Sul de São Paulo, a doença está ligada a uma predisposição genética, e os primeiros sintomas podem aparecer em qualquer faixa etária.

<p>O lúpus afeta o sistema imunológico do doente</p>
O lúpus afeta o sistema imunológico do doente
Foto: TV Globo / Divulgação

“No entanto, é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico. A explicação pode estar no estrogênio, hormônio feminino, que funciona como um fator desencadeante”, afirma.

Pele, rins e o sistema nervoso central são as partes mais afetadas pelo lúpus. A alta exposição aos raios ultravioletas torna o indivíduo mais suscetível à doença. O sintoma mais claro é o aparecimento de manchas no rosto, no formato de “asa de borboleta”. Mas o paciente pode apresentar, também, sensibilidade ao sol, dor articular, queda de cabelo, febre persistente e fraqueza. Nos casos mais graves, chamados de lúpus eritematoso sistêmico, o paciente pode apresentar lesões crônicas que deixam cicatrizes na pele.

O tratamento, realizado por um reumatologista, inclui o uso de protetor solar, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores, mas a conduta médica varia conforme cada indivíduo. “Embora ainda sem cura, com a medicação correta, a doença pode ser tratada com sucesso. A sobrevida do paciente tem sido cada vez maior, chegando a 98% em alguns casos”, explica Lenise. A recomendação é procurar sempre orientação médica, caso algum dos sintomas se manifeste.

Fonte: Terra
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