Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

De minutos a anos: o mistério do soluço crônico

De minutos a anos, entenda o soluço crônico (singulto), causas, sintomas e tratamentos para controlar a crise de soluço

8 dez 2025 - 07h03
Compartilhar
Exibir comentários

O soluço costuma aparecer de repente. Em muitos casos, dura poucos minutos e some sem deixar rastros. No entanto, em algumas pessoas, o problema se mantém por horas, dias e até anos, o que chama a atenção de médicos e pesquisadores.

    Essa crise repetitiva recebe o nome de singulto. Quando se torna persistente, passa a afetar o sono, a alimentação e o convívio social. Assim, o que parece um incômodo simples passa a ser um desafio real na rotina.

    soluço – depositphotos.com / HayDmitriy
    soluço – depositphotos.com / HayDmitriy
    Foto: Giro 10

    O que é o singulto e como o soluço começa?

    O singulto é uma contração rápida e involuntária do diafragma. Esse músculo ajuda na respiração e separa o tórax do abdômen. Quando ele se contrai de forma abrupta, o ar entra de repente nos pulmões, e a glote se fecha logo em seguida. Assim surge o som característico do soluço.

    No dia a dia, a crise costuma surgir após situações comuns. Entre elas, estão comer rápido demais, engolir ar durante a fala ou ingerir bebidas muito quentes ou geladas. O consumo de álcool e refrigerantes também aparece na lista de fatores frequentes.

    Apesar disso, o singulto pode surgir sem motivo claro. Em episódios curtos, o organismo se reorganiza e tudo volta ao normal. Porém, quando o reflexo não se interrompe, o problema ganha outra dimensão.

    Quando o soluço vira soluço crônico?

    Profissionais de saúde classificam o soluço de acordo com o tempo de duração. Assim, o singulto agudo dura até 48 horas. O singulto persistente passa de dois dias e segue até um mês. Já o soluço crônico ultrapassa 30 dias seguidos e, em alguns relatos, permanece por anos.

    O soluço crônico deixa de ser apenas um incômodo. Ele prejudica o descanso noturno, dificulta a alimentação e atrapalha conversas simples. Em muitos pacientes, o quadro provoca perda de peso, irritação e cansaço constante. Em casos mais graves, o singulto interfere até em cirurgias e tratamentos médicos.

    Além do impacto físico, o soluço prolongado afeta a vida social. A pessoa passa por situações constrangedoras durante reuniões, aulas ou encontros familiares. Com o tempo, alguns pacientes evitam falar em público ou frequentar certos ambientes.

    Quais causas podem estar por trás do soluço crônico?

    Enquanto o soluço comum costuma ter origem digestiva ou comportamental, o soluço crônico pode indicar algo mais sério. Os médicos investigam diversas possibilidades. Entre elas, destacam-se problemas neurológicos, alterações metabólicas e doenças gastrointestinais.

    • Sistema nervoso: lesões no cérebro, na medula ou nos nervos que controlam o diafragma.
    • Aparelho digestivo: refluxo gastroesofágico, inflamações no estômago ou tumores.
    • Fatores metabólicos: alterações de eletrólitos, como sódio e potássio.
    • Uso de medicamentos: alguns remédios podem desencadear ou manter o singulto.
    • Condições respiratórias: pneumonia, derrame pleural e outras doenças do pulmão.

    Em muitos atendimentos, a equipe médica não encontra uma causa única. Nesses casos, o tratamento foca no alívio dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida. Mesmo assim, a investigação prossegue sempre que surgem novos sinais.

    Como o soluço crônico afeta o dia a dia do paciente?

    O efeito do soluço crônico aparece em várias áreas da rotina. Durante as refeições, o singulto interrompe a mastigação e dificulta a deglutição. Dessa forma, o risco de engasgos aumenta, e muitas pessoas passam a comer menos. Com o tempo, o organismo sente falta de nutrientes importantes.

    O sono também sofre impacto. As contrações repetidas acordam o paciente várias vezes durante a noite. Como resultado, o corpo não descansa o suficiente. A pessoa sente fadiga ao longo do dia e tem queda de rendimento no trabalho ou nos estudos.

    Há ainda o lado emocional. A repetição constante do sintoma gera preocupação e atrito nas relações sociais. Algumas pessoas relatam vergonha em situações formais. Outras mudam a rotina para esconder o problema, o que afeta a autonomia.

    Quando procurar ajuda para o singulto?

    Nem toda crise de soluço exige consulta. Porém, especialistas orientam alguns sinais de alerta. Assim, certos cuidados ajudam a identificar quando o singulto deixa de ser passageiro.

    1. Soluço que dura mais de 48 horas seguidas.
    2. Crises que voltam com frequência ao longo das semanas.
    3. Presença de dor intensa, falta de ar ou dificuldade para engolir.
    4. Perda de peso sem explicação aparente.
    5. Histórico de doenças neurológicas, cardíacas ou gastrointestinais.

    Quando esses sinais aparecem, a orientação é buscar avaliação médica. O profissional pode solicitar exames, revisar medicamentos em uso e indicar terapias específicas. Em alguns casos, o tratamento combina remédios, mudanças de hábito e acompanhamento contínuo.

    soluço -depositphotos.com / HayDmitriy
    soluço -depositphotos.com / HayDmitriy
    Foto: Giro 10

    Quais caminhos atuais existem para tratar o soluço crônico?

    O tratamento do singulto crônico varia conforme a causa identificada. Os médicos podem recorrer a medicamentos que agem no sistema nervoso central ou no trato digestivo. Em certos casos, o profissional associa remédios para refluxo e fármacos que modulam o reflexo do soluço.

    Em situações mais resistentes, a equipe avalia outras estratégias. Entre elas, aparecem bloqueios de nervos, estimulação elétrica do nervo frênico e procedimentos minimamente invasivos. Esses métodos buscam reduzir a atividade exagerada do diafragma.

    Ao mesmo tempo, mudanças de rotina podem colaborar com o tratamento. Ajustes na alimentação, redução de bebidas gasosas e controle do estresse entram nas recomendações. O acompanhamento regular permite adaptar a abordagem e monitorar a evolução do quadro.

    Com isso, a compreensão do soluço crônico segue em andamento. Pesquisadores ainda investigam detalhes do reflexo do singulto e buscam terapias mais eficazes. Enquanto isso, a orientação é observar a duração das crises e não ignorar sintomas prolongados.

    Giro 10
    Compartilhar
    Publicidade

    Conheça nossos produtos

    Seu Terra












    Publicidade