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Como o açúcar pode acabar com o colágeno da sua pele depois dos 30 anos 

Consumo excessivo de açúcar contribui para um processo que pode degradar as fibras de colágeno

12 set 2024 - 05h00
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A glicação interfere na regeneração natural do colágeno, essencial para a firmeza e elasticidade da pele.
A glicação interfere na regeneração natural do colágeno, essencial para a firmeza e elasticidade da pele.
Foto: Freepik

À medida que envelhecemos, a saúde e a aparência da nossa pele se tornam uma preocupação cada vez mais presente. Aos 30 anos, muitos de nós começamos a perceber sinais sutis do tempo, como linhas finas e perda de firmeza. No entanto, uma ameaça menos óbvia pode estar contribuindo para essas mudanças: o açúcar.

Em entrevista ao Terra Você, o médico dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda, conta que o consumo excessivo de açúcar contribui para um processo chamado glicação, onde as moléculas de açúcar se ligam de forma não enzimática às fibras de colágeno, tornando-as rígidas, menos elásticas e mais propensas à degradação. 

Esse processo interfere na regeneração natural do colágeno, essencial para a firmeza e elasticidade da pele.

A glicação acelera o envelhecimento cutâneo ao comprometer a estrutura do colágeno e da elastina, que são fundamentais para a sustentação da pele. 

“Com a glicação, essas proteínas se tornam menos funcionais, resultando em rugas, flacidez e perda de turgor. Além disso, o processo gera produtos finais de glicação avançada (AGEs), que aumentam o estresse oxidativo, exacerbando a degradação do colágeno”, explica o especialista.

O dermatologista conta que existem variações de como o açúcar afeta o colágeno em diferentes tipos de pele e em pessoas de diferentes idades. Uma pele mais jovem possui uma maior capacidade de regeneração, o que pode mitigar parcialmente os efeitos da glicação, por exemplo.

No entanto, com o envelhecimento, a capacidade de renovação do colágeno diminui, tornando a pele mais suscetível aos danos causados pelo açúcar. Além disso, fatores como a genética, o fototipo da pele e a exposição ao sol também influenciam a forma como o colágeno é afetado.

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Sinais na pele

Alguns sinais visíveis na pele podem indicar que o açúcar está afetando o colágeno. Entre eles, o médico destaca o surgimento precoce de rugas e linhas de expressão, perda de elasticidade, flacidez, além de uma aparência opaca e irregular da pele. A presença de manchas escuras também pode indicar uma maior atividade dos AGEs, que resultam da glicação.

Como evitar

Estratégias e dietas podem ajudar a minimizar o impacto negativo do açúcar no colágeno da pele. O especialista destaca que adotar uma dieta rica em antioxidantes, como vitamina C e E, que protegem contra o estresse oxidativo, é essencial.

Reduzir o consumo de açúcares refinados e carboidratos de alto índice glicêmico também é fundamental. Além disso, manter uma hidratação adequada e proteger a pele da radiação UV são medidas importantes para preservar o colágeno.

“O uso de suplementos como colágeno hidrolisado e peptídeos específicos também pode ser considerado, desde que respaldado por orientação médica”, conclui o dermatologista.

Fonte: Redação Terra Você
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