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Câncer: o que é, sintomas e causas

Conheça os fatores que podem influenciar no desenvolvimento da doença

17 mai 2021 - 14h59
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Especialista responde algumas dúvidas sobre o câncer
Especialista responde algumas dúvidas sobre o câncer
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2020, o Brasil teve cerca de 630 mil novos casos de câncer. Entre as mulheres, o mais diagnosticado foi o de mama (29,7%), e nos homens, o de próstata (29,2%).

No mesmo ano, a doença matou cerca de 111 mil mulheres e 122 mil homens, totalizando um número aproximado de 233 mil mortes. 

Com o passar do tempo e a evolução da ciência, vários tratamentos têm sido incorporados no combate à doença, porém a enfermidade não possui uma cura definitiva.  

As perguntas acerca do câncer são diversas. Por isso, abaixo, tentamos esclarecer algumas. Confira!

Como o câncer surge?

A doença surge a partir de uma mutação genética onde as células recebem informações erradas para as suas atividades. Nesse processo, as células saudáveis são transformadas em cancerosas. 

"O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese. Na maioria das vezes é lento, podendo levar anos até uma célula cancerosa se proliferar e dar origem a um tumor visível", diz Daniel Gimenes, oncologista do Grupo Oncoclínicas. 

O tempo de desenvolvimento do câncer é influenciado por uma série de fatores. 

"Diferentes agentes cancerígenos (ou carcinógenos) são responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogênese depende da exposição a esses agentes em uma combinação de frequência em determinado período de tempo e da interação entre eles. Além disso, as características de cada pessoa facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Por este motivo é que mudanças nos hábitos de vida: alimentação, prática esportiva e controle de peso corporal, podem interromper este processo de 'malignização", explica o oncologista. 

O câncer pode ser evitável? 

Não há garantia de que a pessoa não vá deselvolver a doença, mas há fatores que podem desencadeá-la. 

"Se levarmos em conta que apenas 10% dos cânceres têm relação com mutações genéticas hereditárias, de fato, temos questões multifatoriais relativas ao nosso estilo de vida que impactam diretamente no aumento do risco de surgimento de tumores malignos. Isso significa que o consumo de tabaco, de álcool e de carne vermelha, o sedentarismo e o excesso de peso ou obesidade estão entre os hábitos que podemos adequar para efetivamente buscarmos essa prevenção", ressalta o oncologista.

Estudando as alterações do DNA

Com o avanço tecnológico, hoje os médicos têm acesso à oncogenética que procura entender as alterações moleculares nas células cancerígenas, auxiliando no diagnóstico e tratamento da doença. 

"A oncogenética estuda alterações no DNA da pessoa que podem estar associadas com o aumento de risco de desenvolver câncer relacionados a componentes hereditários. Ela também é capaz de avaliar o perigo causado por mutações em células que levam ao surgimento de tumores malignos, impulsionadas por fatores ambientais e/ou relacionadas a hábitos de vida, como tabagismo e sedentarismo", explica o especialista. 

De acordo com ele, o resultado dessa análise genética pode tanto auxiliar na escolha do tratamento em pessoas já diagnosticadas, quanto fazer aconselhamento preventivo da doença a outras pessoas da família caso ocorra a identificação de uma mutação hereditária. 

"Os benefícios são inúmeros, considerando a importância da identificação precoce de tumores na luta contra o câncer", ressalta o especialista. 

Exames em dia

Alguns cânceres são silenciosos enquanto outros dão sinais. Por isso, o ideal é que, além de adotar um estilo de vida saudável, fazer visitas periódicas ao médico para a realização de exames de rotina. 

"Há alguns sinais que podem estar relacionados aos tumores primários, tais como: dores no corpo persistentes, como dor de cabeça, tontura, perda de peso sem motivo aparente, perda de apetite, enjoos e vômitos frequentes, sangue na urina e nas fezes, convulsões, alterações no funcionamento urinário ou do intestino, fadiga, entre outros", lista  Gimenes. 

Consultoria:  Daniel Gimenes, oncologista do Grupo Oncoclínicas

Saúde em Dia
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