Bronquiolite em crianças: causas, sintomas e tratamento
Entre as doenças respiratórias que atingem principalmente crianças pequenas, a bronquiolite ocupa um papel de destaque devido à sua alta prevalência nos meses mais frios do ano. Saiba causas, sintomas e tratamento.
Entre as doenças respiratórias que atingem principalmente crianças pequenas, a bronquiolite ocupa um papel de destaque devido à sua alta prevalência nos meses mais frios do ano. Esse quadro clínico, que tem origem na maioria das vezes por vírus, pode causar preocupações entre familiares e profissionais de saúde pelo risco de evolução para complicações. Em especial, em bebês menores de dois anos.
Caracterizada pelo processo inflamatório nos bronquíolos, pequenos canais das vias aéreas dos pulmões, a bronquiolite apresenta sintomas como dificuldade para respirar, chiado no peito e tosse persistente. O acompanhamento médico é fundamental para evitar agravos e para que medidas adequadas sejam adotadas durante o tratamento, especialmente nos grupos mais vulneráveis.
Como a bronquiolite se manifesta nos pacientes?
Os primeiros sinais normalmente incluem obstrução nasal, coriza e febre baixa, semelhantes a um resfriado comum. Com a progressão do quadro, a criança pode apresentar respiração acelerada, esforço para respirar e diminuição no apetite. Além disso, em casos moderados a graves, observa-se retração das costelas, batimento das asas do nariz e episódios de apneia, que requerem atenção médica imediata.
A bronquiolite viral é mais frequente em recém-nascidos e lactentes, uma vez que o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e as vias aéreas são naturalmente mais estreitas. Esse fator anatômico aumenta a propensão a quadros obstrutivos, tornando a monitorização dos sintomas uma prática fundamental em domicílio e nos serviços de saúde.
Quais são as principais causas da bronquiolite?
O vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal responsável pela maior parte das infecções. Em especial, entre os meses de outono e inverno no Brasil. Outros agentes virais, como o adenovírus, o influenza e o parainfluenza, também podem associar-se ao surgimento da doença. Ademais, a transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com secreções contaminadas ou superfícies que tenham recebido gotículas expelidas pelas vias aéreas.
Fatores ambientais, como exposição à fumaça de cigarro, aglomeração em ambientes fechados e a presença de irmãos em idade escolar, aumentam a probabilidade de infecção. Por isso, e prevenção relaciona-se diretamente a medidas de higiene, como o lavar as mãos com frequência, evitar contato com pessoas gripadas e manter ambientes bem ventilados.
Como se faz o diagnóstico e tratamento da bronquiolite?
A identificação da bronquiolite ocorre a partir da avaliação clínica, considerando sintomas característicos e o histórico recente de infecções respiratórias. Em geral, exames de imagem e laboratoriais não são necessários para definir o quadro, exceto em situações atípicas ou de gravidade elevada. O tratamento é majoritariamente de suporte, focado em garantir nutrição adequada, oferta de líquidos e suporte ventilatório quando indicado.
Não existe um medicamento específico para eliminar o agente causador. O uso de antibióticos fica reservado apenas se houver suspeita de infecção bacteriana associada. Em casos leves, a assistência domiciliar é possível, observando sinais de piora.
- Manter o ambiente úmido
- Oferecer líquidos em pequenos volumes com frequência
- Elevar o tronco do bebê durante o sono
- Evitar exposição a fumaça de cigarro e poluentes
Se houver dificuldade intensa para respirar, coloração azulada dos lábios (cianose) ou recusa alimentar completa, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para avaliação especializada e, se necessário, internação hospitalar para oxigenoterapia e acompanhamento contínuo.
É possível prevenir a bronquiolite?
A prevenção se baseia principalmente em medidas simples de higiene e cuidados no dia a dia, já que não existe vacinação disponível para a maioria dos vírus responsáveis pela bronquiolite até 2025 na rede pública brasileira. Em grupos de risco, como prematuros ou crianças com doenças cardíacas ou pulmonares, pode ser recomendada a administração de anticorpos específicos durante os períodos de maior circulação viral.
Promover a informação sobre os riscos, monitorar sinais de agravamento e investir em ambientes saudáveis são atitudes reconhecidas por impactar diretamente na redução da incidência da doença. Dessa forma, o entendimento sobre bronquiolite permanece essencial para famílias, cuidadores e profissionais que atuam na atenção à infância.