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Beleza que custa caro: o risco de usar saltos altos demais

Entre acessórios de moda, o salto alto ocupa um lugar de destaque e costuma ser associado à elegância e à formalidade. No entanto, o uso frequente de saltos muito altos levanta preocupações entre profissionais de saúde, especialmente em relação ao impacto na postura, nas articulações e na qualidade de vida a longo prazo. O tema […]

4 dez 2025 - 08h30
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Entre acessórios de moda, o salto alto ocupa um lugar de destaque e costuma ser associado à elegância e à formalidade. No entanto, o uso frequente de saltos muito altos levanta preocupações entre profissionais de saúde, especialmente em relação ao impacto na postura, nas articulações e na qualidade de vida a longo prazo. O tema vem ganhando espaço em estudos recentes, que buscam entender melhor como esse tipo de calçado afeta o corpo.

Ao caminhar com saltos elevados, o peso do corpo é deslocado para a parte da frente do pé, o que altera o modo como a pessoa pisa, se equilibra e permanece em pé. Essa mudança, quando repetida diariamente, tende a sobrecarregar músculos, tendões e colunas vertebrais. Inclusive, discussões sobre o risco de usar saltos altos demais envolvem não apenas estética, mas também saúde preventiva.

Quais são os principais riscos de usar saltos altos demais?

O salto excessivamente alto modifica o alinhamento natural do corpo. O calcanhar elevado empurra o centro de gravidade para frente, fazendo com que a coluna se curve mais e os joelhos e quadris trabalhem de forma diferente. Esse desequilíbrio pode contribuir para dores lombares, tensão na região do pescoço e desconforto nos ombros, especialmente em quem fica muitas horas em pé.

Além disso, o antepé passa a suportar grande parte da carga, aumentando a pressão sobre os dedos e a sola. Com o tempo, isso pode favorecer o desenvolvimento de calos, joanetes, deformidades digitais e inflamações, como a fascite plantar. Inclusive as articulações como tornozelos e joelhos também ficam mais vulneráveis, já que a marcha se torna menos estável e o impacto a cada passo tende a se concentrar em áreas específicas.

Risco de usar saltos altos demais para a postura e para a coluna

Quando se fala em risco de usar saltos altos demais, a postura é um dos pontos mais citados por fisioterapeutas e ortopedistas. Para manter o equilíbrio sobre um salto alto, o corpo compensa inclinando levemente o tronco, contraindo músculos da lombar e da região abdominal. Essa adaptação, se repetida por anos, pode contribuir para desalinhamentos da coluna, aumento de curvaturas e episódios de dor recorrente.

Além disso, a musculatura da panturrilha também permanece encurtada durante o uso do salto. Esse encurtamento pode dificultar o alongamento completo do pé ao andar descalço ou com sapatos baixos, causando sensação de rigidez e até câimbras. Em alguns casos, a pessoa passa a sentir desconforto justamente quando tenta permanecer com os pés no chão sem elevação, o que indica uma adaptação corporal pouco saudável.

  • Coluna lombar: maior arqueamento e sobrecarga muscular.
  • Quadris: mudança no ângulo de apoio, afetando a marcha.
  • Joelhos: tendência a ficarem mais flexionados, aumentando a pressão.
  • Panturrilhas: encurtamento muscular e perda de flexibilidade.
Em muitos casos, não causa dor, mas pode gerar desconforto.
Em muitos casos, não causa dor, mas pode gerar desconforto.
Foto: Giro 10

Como os saltos muito altos afetam pés, joelhos e tornozelos?

Os pés absorvem a maior parte das consequências do salto alto. Inclusive o apoio concentrado na parte frontal pode favorecer alterações estruturais ao longo do tempo. Entre elas, destacam-se joanetes, dedos em garra e inflamações em articulações pequenas. Em superfícies irregulares, a instabilidade do calçado aumenta o risco de torções de tornozelo, que podem levar a entorses e, em casos mais graves, a fraturas.

Nos joelhos, o uso contínuo de saltos elevados pode contribuir para o desgaste da cartilagem, especialmente na região anterior, associada a quadros de dor ao subir escadas ou permanecer sentado por longos períodos. Já nos tornozelos, o risco de queda é um ponto sensível. Inclusive altos finos e muito altos reduzem a base de apoio, tornando a caminhada menos segura, principalmente em ruas com buracos, pisos escorregadios ou desníveis comuns em calçadas urbanas.

  1. Maior pressão na parte frontal do pé.
  2. Instabilidade ao caminhar e ao descer escadas.
  3. Risco ampliado de entorses e quedas.
  4. Possível desgaste de joelhos com o uso frequente.

É possível usar salto alto reduzindo os riscos?

Apesar dos alertas, muitas pessoas continuam optando pelo salto por questões profissionais, culturais ou estéticas. Por isso, especialistas em saúde recomendam alguns cuidados para diminuir o risco de usar saltos altos demais. Inclusive uma das orientações mais recorrentes é preferir alturas moderadas, geralmente até cerca de 5 centímetros, e alternar com sapatos mais baixos ao longo da semana.

Outro ponto importante é o formato do salto. Modelos mais largos, como salto bloco ou anabela, costumam oferecer maior estabilidade em comparação ao salto fino. Palmilhas com algum amortecimento e apoio adequado do arco plantar podem ajudar a distribuir melhor o peso sobre o pé. Além disso, também é comum a recomendação de reservar saltos muito altos para ocasiões pontuais, evitando o uso diário e prolongado.

  • Optar por saltos médios e mais largos.
  • Evitar uso contínuo por muitas horas seguidas.
  • Alternar com calçados baixos e confortáveis.
  • Realizar alongamentos para panturrilhas e pés.
  • Consultar profissionais de saúde em caso de dor persistente.

Cuidados diários para proteger a saúde dos pés

Para quem utiliza salto no dia a dia, pequenos hábitos podem fazer diferença. Inclusive pausas ao longo da jornada para tirar o calçado e movimentar os pés ajudam na circulação e reduzem a sensação de pressão. Exercícios simples, como movimentar os dedos, fazer círculos com os tornozelos e alongar a panturrilha encostando as mãos na parede, contribuem para preservar a mobilidade.

Outro cuidado relevante é observar sinais precoces de desconforto, como formigamentos, dores localizadas ou surgimento de calos em pontos específicos. Esses indícios podem mostrar que o tipo de salto, o tamanho do sapato ou o tempo de uso não estão adequados. Inclusive em 2025, muitos profissionais de saúde já integram orientações sobre calçados em programas de prevenção de dores musculoesqueléticas, reforçando que moda e bem-estar podem ser avaliados em conjunto, com escolhas mais equilibradas e informadas.

Pausas ao longo da jornada para tirar o calçado e movimentar os pés ajudam na circulação e reduzem a sensação de pressão
Pausas ao longo da jornada para tirar o calçado e movimentar os pés ajudam na circulação e reduzem a sensação de pressão
Foto: Giro 10
Giro 10
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