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Banho gelado vira moda entre famosos: ajuda até na depressão

Especialista em desenvolvimento humano explica que essa exposição auxilia o cérebro a lidar com a dor

27 mai 2024 - 06h20
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Resumo
Tomar banhos de água gelada pode melhorar a saúde física e mental, pois estimula a liberação de hormônios como dopamina, além de ajudar a lidar com dor e depressão crônica. Estudos comprovaram os benefícios da prática de tomar banhos gelados.
Cauã Reymond e Mariana Goldfarb
Cauã Reymond e Mariana Goldfarb
Foto: Montagem Homework

Imagina se aquele banho logo ao acordar, que antecede um dia cheio de trabalho, fosse na água gelada? Pode parecer uma ideia um tanto quanto desagradável, mas talvez seja isso que o seu corpo precisa para melhorar a saúde física e mental. A prática de tomar banhos gelados, seja no chuveiro ou em banheiras, conhecida como banho de imersão em água fria, pode trazer benefícios para os adeptos. Alguns famosos como Cauã Reymond, Mariana Goldfarb, Duda Nagle e até mesmo as popstar Lady Gaga e Anitta são adeptas dessa prática.

Inúmeros estudos já revelaram essas vantagens e, no mais recente, pesquisadores do Reino Unido concluíram que os banhos de água gelada aumentam a adrenalina, produzindo respostas anti-inflamatórias no organismo. Em outra pesquisa, pesquisadores holandeses descobriram que pessoas adeptas do banho frio tinham menos probabilidade de faltarem ao trabalho por motivos de doenças se comparado àqueles que tomam banho quente. 

Para a especialista em desenvolvimento humano e pessoal, Gisele Hedler, também adepta da prática, a exposição à água gelada ativa partes do cérebro que ajudam a lidar com a dor, além de promoverem o bem-estar geral.

Prática ajuda a lidar com a dor

Os banhos gelados ganharam notoriedade após o esportista holandês Wim Hof quebrar recordes mundiais por suas acrobacias de resistência a temperaturas extremas por meio de técnicas que combinam a respiração e a imersão em água gelada. Segundo ele, a prática ajuda a lidar com a depressão, dor, foco, humor e ansiedade. Gisele explica que, quando o corpo é exposto a temperaturas frias, ocorre a compressão das veias e vasos sanguíneos. 

“Isso significa que haverá um fluxo maior de sangue sendo movimentado para os seus órgãos, que terão mais nutrientes para trabalhar e assim serão capazes de funcionar com maior eficiência”, afirma.

No entanto, isso não deveria ser surpresa, uma vez que os banhos frios eram usados como terapia desde os primórdios, segundo a especialista em desenvolvimento humano. Para ela, é como se o frio fosse um gatilho para que o corpo executasse funções essenciais para nosso bem-estar emocional. 

“O sistema simpático nervoso, acionado em situações de perigo ou durante um exercício físico, não é totalmente involuntário, como se acreditava até pouco tempo atrás. A exposição ao frio estimula essa parte do cérebro, melhorando o humor e auxiliando na adaptação aos estressores da vida”, explica Gisele.

A água fria também causa uma súbita e intensa liberação de hormônios que podem ter efeitos antidepressivos, diz a especialista em desenvolvimento humano. 

“Houve alguns estudos no Reino Unido que comprovaram que a técnica com imersão fria três vezes por semana pode tratar depressão crônica. Isso ocorre porque ao mergulhar em água gelada, é possível obter uma enorme ativação da dopamina, hormônio que pessoas deprimidas estão limitadas”, diz ela.

Gisele finaliza pontuando que as respostas de cada um são individuais e a generalização pode trazer erros. Por isso, o ideal é não impor tal prática como certa ou errada antes de praticar e verificar a resposta do organismo de um indivíduo.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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