Ator de 'Êta Mundo Melhor' é afastado da novela após cirurgia de emergência
Davi Malizia deu entrada na unidade médica com fortes dores; saiba mais sobre o caso
O ator mirim Davi Malizia, de 10 anos, foi afastado por uma semana das gravações de "Êta Mundo Melhor" após passar por uma cirurgia de emergência devido a uma apendicite e já se recupera em casa.
O ator mirim Davi Malizia, de 10 anos, que está no ar como Samir em Êta Mundo Melhor (Globo), foi internado na sexta-feira, 19, apresentando fortes dores e recebeu diagnóstico de crise de apendicite.
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No sábado, 20, ele foi submetido a operação e nesta segunda-feira, 22, teve alta hospitalar. Entretanto, de acordo com a revista Quem, ele ficará afastado das gravações de Êta Mundo Melhor por uma semana. Nos próximos dias, a orientação médica é de repouso.
A previsão de retorno aos Estúdios Globo é na segunda-feira, 29, enquanto isso, as cenas que ele gravaria foram remanejadas e adiadas pela produção. No Instagram, o ator mirim gravou um vídeo para tranquilizar seus seguidores. "Gente, muito obrigado pelo carinho e pelas mensagens. Daqui a pouco, estou aí", afirmou.
O que é apendicite?
A apendicite é uma inflamação do apêndice, pequeno órgão em forma de bolsa localizado no início do intestino grosso, no lado direito do abdômen. Este problema de saúde pode ocorrer quando o apêndice fica obstruído por fezes, pus, tecido linfático ou algum outro material, o que leva a uma infecção por bactérias. Apesar de afetar pessoas de todas as idades, a apendicite é mais comum em jovens.
É importante ressaltar que, em mulheres, a inflamação das tubas uterinas, do útero ou dos ovários também provoca dor do lado direito do abdômen. Por isso, antes do diagnóstico de apendicite, é preciso realizar exames de imagem, como ultrassom e tomografia, para saber a causa do incômodo.
Sintomas de apendicite
Os sintomas da apendicite podem variar de acordo com a idade da pessoa e o estágio da inflamação, mas geralmente incluem:
● Dor abdominal, que começa em torno do umbigo e se move para o lado direito do abdômen;
● Náuseas e vômitos;
● Falta de apetite;
● Febre baixa;
● Inchaço abdominal;
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito com base na avaliação clínica dos sintomas e em exames complementares, como tomografia, ultrassonografia e exame de sangue. Segundo o médico Dr. Juliano Félix, os exames de Hemograma e Proteína C Reativa (PCR) podem ser utilizados como métodos complementares ao diagnóstico, que inclui exames laboratoriais de sangue. O uso de ultrassonografia e tomografia computadorizada de abdômen também ajudam o médico quanto ao diagnóstico bem como para excluir outras causas de dor.
Tratamento
Quando não tratada, a apendicite pode causar complicações graves, incluindo a ruptura do apêndice e a disseminação da infecção pelo abdômen, o que pode levar à peritonite e até mesmo à morte. "O procedimento é considerado uma urgência cirúrgica, devendo o paciente ser operado o mais breve possível. O paciente deve ser internado, iniciado antibióticos e assim que possível encaminhado para a operação", afirma o especialista.
A remoção cirúrgica do apêndice inflamado é o tratamento mais comum para a apendicite. Por esse motivo, é recomendado procurar ajuda imediatamente, pois a apendicite pode evoluir e levar à morte caso o paciente não for tratado a tempo.
A cirurgia para remover a apêndice chama-se apendicectomia. Na apendicectomia laparoscópica, são feitas pequenas incisões no abdômen, por onde são inseridos tubos com câmeras e instrumentos cirúrgicos. O cirurgião utiliza as imagens transmitidas pela câmera para visualizar e remover o apêndice. Na apendicectomia aberta, é feita uma incisão maior no abdômen para remover o apêndice inflamado.
"A cirurgia quando realizada por videolaparoscopia permite uma recuperação muito mais rápida, podendo o paciente receber alta em até 24 horas após o procedimento e retorno as suas atividades habituais precocemente. Eventualmente, e a depender do estágio e da gravidade da apendicite pode ser necessária a cirurgia aberta (convencional)", pontua o cirurgião geral.
O uso de antibióticos deve estar associado ao tratamento. A cirurgia para apendicite é considerada um procedimento de média complexidade e baixa mortalidade, variando em torno de 0.2% a 1% da população.