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Arroto frequente: 6 possíveis causas e quando procurar um médico

Se não houver uma condição médica subjacente, alguns cuidados simples podem ajudar a reduzir

8 dez 2025 - 18h00
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Os arrotos, ou eructação, embora geralmente inofensivos, episódios frequentes e intensos podem ser sinal de que algo não está bem com o sistema digestivo. Quando acompanhados de outros sintomas, como dor abdominal, sensação de inchaço ou alterações no trânsito intestinal, é importante investigar a causa.

Arroto frequente pode ser sinal de que algo não está bem com o sistema digestivo
Arroto frequente pode ser sinal de que algo não está bem com o sistema digestivo
Foto: Krakenimages.com | Shutterstock / Portal EdiCase

Conforme o Dr. Renato Riccio, gastroenterologista do dr.consulta, rede de centros médicos, o arroto ocorre quando o ar ou os gases presentes no estômago são liberados pela boca. Esse processo pode ocorrer até 30 vezes ao dia sem que cause problemas significativos, já que é uma consequência normal da ingestão de alimentos e líquidos.

O problema surge quando os arrotos se tornam excessivos, interferindo na qualidade de vida do indivíduo e gerando desconforto diário. Além disso, o paciente pode apresentar outros sintomas, como sensação de estufamento, queimação, dor no estômago ou aumento da flatulência, indicando que a causa pode ser algo além de um simples desconforto digestivo.

Possíveis causas para os arrotos frequentes

Embora um médico seja a melhor pessoa para identificar a causa exata, existem algumas condições e hábitos que podem contribuir para o aumento da frequência dos arrotos:

1. Excesso de bebidas gaseificadas, efervescentes ou fermentadas

Bebidas como refrigerantes, cervejas e águas com gás contém dióxido de carbono, o que aumenta a quantidade de ar que entra no estômago. Isso pode fazer com que o estômago se expanda, exigindo a eliminação desse ar por meio do arroto. Reduzir o consumo ou ingeri-las mais devagar pode aliviar o problema.

2. Comer rápido demais

Comer rapidamente provoca a ingestão excessiva de ar, o que pode aumentar a produção de gases no estômago. Mastigar com mais calma, evitar distrações durante as refeições e comer em porções menores pode reduzir esse efeito.

3. Consumir determinados tipos de alimentos

Alguns alimentos podem favorecer a produção de gases durante a digestão, contribuindo para arrotos frequentes. Itens com altos teores de fibras, amido ou açúcar são os principais culpados. Entre os alimentos que podem causar esse efeito, destacam-se:

  • Feijão e outras leguminosas;
  • Brócolis, repolho e couve-flor;
  • Pães, massas e batatas;
  • Alimentos gordurosos;
  • Leite e derivados (especialmente em casos de intolerância à lactose);
  • Chicletes, que aumentam a ingestão de ar devido à mastigação constante.

Substituir esses alimentos ou reduzir as porções pode ajudar a controlar os arrotos.

A gastrite pode causar arrotos frequentes
A gastrite pode causar arrotos frequentes
Foto: Antonio Marca | Shutterstock / Portal EdiCase

4. Gastrite

A gastrite é a inflamação do revestimento interno do estômago e pode ser causada por infecção pela bactéria Helicobacter pylori, uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios, consumo de álcool, tabagismo ou estresse crônico.

Além dos arrotos, a gastrite pode provocar sintomas como queimação no estômago, náuseas, perda de apetite e até mesmo sangue nas fezes. O tratamento geralmente envolve medicamentos para controlar a inflamação e reduzir a acidez estomacal. Sem o tratamento adequado, a gastrite pode evoluir para uma úlcera.

5. Refluxo gastroesofágico (DRGE)

O refluxo ocorre quando o conteúdo do estômago sobe para o esôfago, provocando desconfortos como arrotos frequentes, queimação e regurgitação. As causas podem incluir hábitos alimentares inadequados ou condições como a hérnia de hiato. O tratamento depende de mudanças nos hábitos alimentares e, em alguns casos, do uso de medicamentos para controlar os sintomas.

6. Síndrome do Intestino Irritável (SII)

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma disfunção gastrointestinal que causa distúrbios no ritmo do trânsito intestinal, sem que haja alterações visíveis em exames. Entre os sintomas, estão arrotos frequentes, flatulência, dor abdominal, diarreia ou constipação. Embora as causas exatas não sejam totalmente compreendidas, o estresse pode ser um fator desencadeante. O diagnóstico é feito por um gastroenterologista, e o tratamento envolve o controle dos sintomas e, em alguns casos, acompanhamento psicológico.

Quando procurar ajuda?

Os arrotos constantes devem ser motivo de preocupação quando se tornam um problema diário, são acompanhados de dor intensa ou outros sintomas, como alteração no hábito intestinal. Nesses casos, é essencial buscar a avaliação de um profissional para diagnóstico e tratamento adequados.

Dicas para lidar com os arrotos no dia a dia

Se não houver uma condição médica subjacente, alguns cuidados simples podem ajudar a reduzir os arrotos frequentes:

  • Coma devagar e mastigue bem os alimentos;
  • Realize refeições em porções menores, mais vezes ao dia;
  • Evite distrações, como assistir TV ou conversar durante as refeições;
  • Diminua o consumo de bebidas gaseificadas e evite chicletes;
  • Identifique e modifique a ingestão de alimentos que aumentem a produção de gases.

Em casos persistentes ou quando houver impacto significativo na qualidade de vida, a consulta a um médico especialista é fundamental para uma investigação detalhada e um tratamento eficaz.

Por Hiorran Santos

Portal EdiCase
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