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Arlete Salles e Totia Meireles inspiram mulheres na luta contra o câncer de mama

Especialista comenta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce

19 out 2025 - 04h24
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O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para 2025 é de 73.610 novos casos da doença no Brasil. Apesar dos números expressivos, o avanço da medicina e o acesso aos exames de rastreamento aumentam as chances de cura quando o problema é identificado em estágios iniciais. Durante o Outubro Rosa, campanha global de conscientização sobre o câncer de mama, histórias de superação como as das atrizes Arlete Salles e Totia Meireles ganham visibilidade e mostram que o diagnóstico precoce salva vidas.

Arlete Salles e Totia Meirelles
Arlete Salles e Totia Meirelles
Foto: Divulgação / Mais Novela

A oncologista Larissa Gomes destaca que o autoexame das mamas é uma ferramenta importante de autoconhecimento corporal, pois ajuda a mulher a perceber alterações como caroços, secreções ou mudanças na pele. No entanto, ele não substitui a mamografia, exame considerado o método mais eficaz para o rastreamento da doença. "O autoexame deve ser visto como uma prática complementar. Muitas vezes o câncer de mama é silencioso no início e só é detectado por exames de imagem", aponta. A médica acrescenta que a recomendação é que as mulheres a partir dos 40 anos realizem a mamografia anualmente, ou antes, caso haja histórico familiar da doença.

O desenvolvimento do câncer de mama

A especialista pontua que a doença ocorre quando algumas células da mama passam a se multiplicar de forma desordenada, formando um tumor. Se não tratado, pode invadir tecidos próximos ou se espalhar para outras partes do corpo, em um processo conhecido como metástase.

A médica diz que entre os principais fatores de risco estão o histórico familiar, mutações genéticas hereditárias (BRCA1 e BRCA2), idade avançada, primeira menstruação precoce ou menopausa tardia, não ter filhos ou tê-los após os 30 anos, consumo excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo e obesidade. "O uso prolongado de hormônios, como anticoncepcionais e terapias de reposição, também pode contribuir para o aumento do risco", alerta.

Diferentes tipos exigem tratamentos específicos

A oncologista explica que existem diversos tipos de câncer de mama, com comportamentos e tratamentos distintos. O mais comum é o carcinoma ductal invasivo, que começa nos canais que conduzem o leite até o mamilo e pode invadir tecidos vizinhos. Já o carcinoma lobular invasivo se origina nos lóbulos produtores de leite. Há ainda o carcinoma in situ, considerado o estágio inicial da doença, quando as células cancerígenas ainda não se espalharam.

De acordo com Larissa, os subtipos moleculares também influenciam o tratamento, pois são definidos pelas características das células tumorais. Entre eles estão os tipos Luminal A e B, HER2 positivo e triplo negativo, este último mais agressivo e comum em mulheres jovens.

Sinais e diagnóstico precoce

A especialista ressalta que um nódulo na mama costuma se apresentar como um caroço endurecido que não desaparece com o ciclo menstrual, podendo ter bordas irregulares e movimentação limitada ao toque. Outros sinais que merecem atenção são alterações na pele da mama, como vermelhidão ou aspecto de "casca de laranja", inversão do mamilo, saída de secreção espontânea e inchaço na axila. "Diante de qualquer alteração, é fundamental procurar um médico o quanto antes. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de sucesso no tratamento", reforça.

Tratamento e chances de cura

A médica esclarece que as opções de tratamento variam conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, é possível realizar a retirada parcial da mama (quadrantectomia) associada à radioterapia. Em estágios mais avançados, pode ser necessária a mastectomia total, além de tratamentos complementares como quimioterapia, hormonioterapia ou terapia-alvo. "Quando o câncer é descoberto precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. Por isso, a informação e a prevenção são nossas maiores aliadas", afirma.

Cuidar da mente também é parte da cura

Larissa lembra que o diagnóstico de câncer de mama impacta profundamente a vida da mulher, seja física, emocional e socialmente. Ela enfatiza que manter o equilíbrio emocional é primordial durante o tratamento. Além disso, a oncologista salienta a importância de aceitar apoio de familiares e amigos, participar de grupos de apoio, buscar acompanhamento psicológico e manter uma rotina saudável, com alimentação equilibrada e atividades prazerosas. "A fé, a espiritualidade e o acesso à informação também ajudam a paciente a atravessar o processo com mais força e esperança", finaliza.

Especialista

Larissa Gomes é graduada em Medicina pela Universidade de Passo Fundo (RS), especialista em Clínica Médica pelo Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e em Cancerologia Clínica pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela é membro da American Society of Clinical Oncology (ASCO), da European Society for Medical Oncology (ESMO) e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Fundadora do Onco Residentes, plataforma voltada à formação de médicos residentes em oncologia, Larissa atua na promoção da educação médica e no fortalecimento da rede de apoio aos pacientes com câncer.

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