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Após descobrir HIV aos 25, influencer digital ajuda outros com a doença: 'Não é sentença de morte'

Ao descobrir que era HIV positivo, ele buscou apoio nas redes. Hoje, ele é quem oferece esse suporte. 'É um carinho que nutre', afirma

12 jan 2023 - 15h11
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Aos 25 anos, quando recebeu o diagnóstico de HIV positivo, o comunicador social David Oliveira foi buscar referências na internet para conseguir apoio e informação, mas não encontrou. Hoje, aos 31, é ele quem usa as redes sociais para dar esperança a quem acaba de se descobrir portador do vírus da Aids. "Eu pude me encantar por isso, ser acolhido e também acolher outras pessoas", explica.

Nas redes, ele sempre divulga os remédios que toma, que chama de "doses de vida". "Eu sempre falo que minhas doses de vida vão além dos remédios, elas também são as mensagens a essas pessoas que me procuram", conta ele. Para David, a importância de expor seu dia a dia nas redes sociais é mostrar que conviver com o vírus do HIV não é uma sentença de morte.

No dia 14 de fevereiro de 2017, David Oliveira recebeu o diagnóstico de HIV positivo. Ele decidiu fazer o teste para investigar alguns sintomas que surgiram, como pneumonia, herpes zoster, depressão e síndrome do pânico. Descobriu que os problemas eram decorrentes de um estado de aids. Naquela manhã de terça-feira, quando viu a palavra "reagente" no resultado do exame, David correu para casa e contou para o pai, que o acolheu e disse que o filho não estava sozinho.

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Sem referências de influenciadores digitais que falassem abertamente sobre o assunto, David procurou locais de apoio na internet. Em buscas online, encontrou a divulgação de um evento que pautava o fortalecimento de jovens vivendo com HIV/Aids em uma rede colaborativa. Foi assim que ele conheceu o Centro de Referência e Treinamento (CRT) em IST/Aids, na Rua Santa Cruz, em São Paulo. Ali, David conta que foi acolhido e abraçado por profissionais e pessoas engajadas com a temática HIV.

"Comecei a conhecer espaços que me permitiam ter contato com histórias e estudar um pouquinho mais sobre todo o universo que engloba essa nova vida positiva. Eu pude me encantar por isso, ser acolhido e acolher outras pessoas."

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  • "Quando vimos o resultado positivo, eu o abracei e disse que estaria com ele. Hoje, meu amigo continua vivendo normalmente. Esse é um exemplo de bom acolhimento. Não porque fui eu que fiz, mas sim porque tinha alguém para abraçá-lo e dar a mão", diz.

    David acredita que o projeto ajuda a humanizar o paciente HIV positivo, além de oferecer apoio e afeto. "Esse olhar, que não é de dó ou culpa, precisa mostrar que vai ficar tudo bem. O HIV não é uma sentença de morte, e sim uma oportunidade de se cuidar", afirma. "Eu sei que o V de HIV é de vírus, mas eu gosto de falar que é de vida."

    Estadão
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