Aos 7 anos, menino morre vítima de câncer descoberto após exame de vista
Lenny Jax teve a história contada pela mãe
Lenny Jax, de 7 anos, morreu vítima de um agressivo câncer cerebral descoberto após exame de vista escolar, tendo enfrentado cirurgias, tratamentos e cuidados paliativos durante sua luta desde 2022.
Um simples exame de rotina para vista transformou-se em pesadelo para uma família de Stockport, na Inglaterra. Lenny Jax, de 7 anos, morreu vítima de um trágico câncer, diagnosticado dois anos antes, após uma inconsistência em avaliação oftalmológica feita na escola.
Tudo começou com dores de cabeça e enjoos do garotinho em sua casa. Inicialmente, porém, os familiares pensaram tratar apenas de um mal-estar, ainda em 2022. A gravidade da situação passou a ser entendida justamente depois do exame no colégio.
Durante a avaliação, os profissionais perceberam que a visão do menino não estava como deveria e pediram que os pais o encaminhassem para um segundo exame. Na consulta particular, os médicos notaram que os “nervos no fundo dos olhos dele estavam inchados”, conforme conta a mãe, Sophie Hunt, ao Manchester Evening News
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O estranhamento fez com que a família levasse o menino imediatamente ao Hospital Stepping Hill para uma tomografia computadorizada, onde os médicos “encontraram um tumor do tamanho do punho de um adulto no lado direito do cérebro”.
Algumas horas depois, Lenny estava passando pela primeira cirurgia. O pior, no entanto, ainda estava por vir. Novos exames detectaram o tumor como sendo uma agressiva e terminal glioblastoma de grau quatro.
“Foi terrível. Ninguém pode te preparar para isso. Você nunca imagina que algo assim aconteceria com você ou sua família”, desabafou a mãe.
Duas semanas depois, foi descoberto um vazamento no cérebro e o menino teve de enfrentar uma nova cirurgia, o que adiou o início da radioterapia.
Com o tratamento iniciado, a criança começou a perder peso rapidamente e a "se sentir mal e infeliz". Posteriormente, as plaquetas também caíram e ele lidou com uma transfusão de sangue urgente.
Mesmo com a gravidade do tratamento, a mãe recorda que nunca contou toda a verdade sobre o diagnóstico a ele.
Em 2023, cerca de um ano após o diagnóstico, as quimioterapias pararam de fazer efeito e o tumor voltou a crescer. Neste momento, uma nova cirurgia foi necessária.
Sem resultado com a quimioterapia, Lenny foi escolhido para receber um medicamento que ‘prolongou’ sua vida em mais alguns meses. Em contrapartida, o efeito colateral deixou seus ossos frágeis. Em poucas semanas, ele quebrou o fêmur e o tornozelo.
Em janeiro deste ano, novas avaliações mostraram que não havia o que pudesse ser feito. Em março, ele voltou ao hospital e viveu com cuidados paliativos até o dia de sua morte, em 5 de abril.