Açúcar pode piorar o melasma? Estudo revela como solucionar problema
Pesquisa mostrou que suplementação de Glycoxil por 60 dias foi capaz de melhorar significativamente o melasma
Estudo revela que o consumo excessivo de açúcar pode agravar o melasma, enquanto a suplementação com Glycoxil por 60 dias mostrou melhora significativa no tratamento dessa condição de pele.
Sol, calor, estresse, hormônios e até certos procedimentos já são bem conhecidos como grandes inimigos do melasma, caracterizado pelo surgimento de manchas acastanhadas de bordas irregulares principalmente em áreas como testa e região malar. Mas o que poucos sabem é que a alimentação também tem impacto na doença, especialmente o consumo de açúcar.
“O consumo excessivo de açúcar leva a um processo conhecido como glicação que muda a funcionalidade e a estrutura do colágeno, promovendo um ‘desconforto’ no melanócito que faz com que produza mais melanina, pigmento que dá cor à pele e causa as manchas”, explica a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos.
Dessa forma, segundo estudo brasileiro, a suplementação de decarboxi carnosina (Glycoxil) pode ajudar no tratamento do melasma devido as suas propriedades desglicantes e antiglicantes. O estudo foi apresentado durante o IMCAS 2025, um dos maiores congressos do mundo idealizado com o que há de mais novo na dermatologia, cirurgia plástica e ciência do envelhecimento, que aconteceu em Paris no início de 2025.
Segundo Patrícia, que encabeçou o estudo em conjunto com as médicas dermatologistas Valéria Campos e Célia Kalil, o estudo incluiu 20 mulheres com melasma, idade entre 20 e 60 anos e fototipo de pele entre dois e seis segundo a escala Fitzpatrick. Todas as participantes receberam suplementação oral de 200mg de Glycoxil por 60 dias.
“O Glycoxil é um peptídeo biomimético da decarboxi carnosina que, além de possuir atividade antioxidante universal, age como um antiglicante e desglicante, atuando em todas as fases da glicação. Dessa forma, o Glycoxil tanto inibe a ligação entre as moléculas de açúcares e os carboidratos quanto desliga o açúcar que se ligou às proteínas, revertendo o processo, preservando a estrutura de sustentação da pele e reduzindo a atividade dos melanócitos”, explica a farmacêutica.
No início, no meio e no fim do estudo foram realizadas avaliações da pele das pacientes, incluindo fotografias, questionários subjetivos e análises visuais feitas por um sistema de diagnóstico chamado Visia Face. Os materiais fotográficos foram avaliados por dois dermatologistas imparciais.
“Os médicos observaram melhora significativa do melasma em 60% dos pacientes. E todos os participantes ficaram satisfeitos com os resultados, apresentaram melhora da autoestima e disseram que recomendariam o tratamento, que foi bem tolerado e não causou efeitos adversos”, destaca a Patrícia França.
O estudo, então, apresenta evidências promissoras da suplementação oral de decarboxi carnosina no tratamento do melasma, isoladamente ou em conjunto com outras terapias.
“O tratamento do melasma deve ser composto por uma estratégia de clareamento 360° que não se resume apenas ao uso de equipamentos estéticos e lasers fotoacústicos. Além da suplementação oral com ativos de atividade anti-glicante, anti-inflamatória e antioxidante como Glycoxil, FC Oral, Luteína e Vitamina C, é importante também fazer uso de clareadores tópicos formulados especificamente para o dia e para a noite”, diz Patrícia França.
Ela afirma que as formulações noturnas normalmente associam substâncias clareadoras, como o B-White, que age diminuindo a produção de melanina, e Ácido Tranexâmico Lipossomado, cujo mecanismo de ação envolve a inibição da síntese de melanina e a redução da formação e dilatação de vasos sanguíneos, diminuindo a quantidade de sangue que chega às áreas afetadas e, consequentemente, a hiperpigmentação.
“Já pela manhã, os ativos podem continuar o processo de clareamento, mas também devem diminuir a inflamação e atuar como fotoprotetores. É o caso de ingredientes como a Niacinamida, um antioxidante que inibe a transferência da melanina, o Ascorbosilane C, que inibe a formação do pigmento além de oferecer benefícios antioxidantes, e o Proshield MDC, que tem ação antioxidante e protetora contra a luz visível, poluição digital e luz azul”, finaliza a farmacêutica.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.