Você sabia que os alimentos controlam nossas emoções?
Descubra os sete benefícios para a saúde mental que a alimentação pode trazer
Você sabia que pessoas que possuem depressão, estão no tédio ou cansadas tendem a comer mais? Por outro lado, quando sentem medo, dor ou tensão consumem menos alimentos. Ademais, quando presenciamos emoções negativas, costumamos procurar por comidas calóricas. E, no caso das positivas, tendemos a ingerir o que é mais saudável. Isso acontece porque os alimentos controlam nossas emoções e quem fala mais sobre o assunto é a médica nutróloga, Dra. Andrea Pereira.
Alimentos e as emoções
Segundo a especialista, alimentos ricos em açúcares e gorduras têm sido associados a padrões de comportamento semelhantes aos de vícios, afetando diretamente a saúde mental. Alguns estudos recentes mostram que esses ingredientes podem provocar respostas químicas no cérebro, incentivando o consumo excessivo que leva a ciclos de compulsão e ao ganho de peso.
Em contrapartida, comidas mais saudáveis também produzem uma resposta no cérebro, promovendo estados de calma e estabilidade emocional. "A raiva causa um aumento da alimentação impulsiva (rápida, alimentação irregular e descuidada dirigida a qualquer alimento tipo disponível), e que durante a alegria se verificou um aumento da alimentação hedónica (a tendência para comer pelo sabor agradável dos alimentos ou porque o alimento consumido é considerado saudável)", afirma.
Para você conhecer mais sobre o assunto, pedimos para a nutróloga listar quais são e os benefícios que trazem. Confira:
Calma
Alimentos ricos em complexo B, magnésio, cálcio, ômega 3 e zinco são os responsáveis por nos trazerem calma. "Destacamos entre eles: abacate, mirtilo, salmão, sementes (nozes, castanhas, amêndoas e qualquer outro fruto seco), leite e derivados, laranja, ovos, folhas verdes, ostra e peito de peru. O maracujá é uma fruta que também está associada a efeitos calmantes", explica.
Em alerta
A cafeína é uma substância que nos deixa mais alertas e acordados e ela está presente no café, no chá verde e no chá preto. Além dela, há o guaraná. "Para pessoas mais sensíveis pode prejudicar o sono", alerta Pereira.
Xô, tristeza
"A suplementação de ômega 3 com alta concentração de ácido eicosapentaenoico (EPA), S-adenosilmetionina, metilfolato e vitamina D reduzem sintomas depressivos", indica.
Felicidade e bom humor
Refeições ricas em carboidratos levam à melhoria do humor e aumento da alegria devido à serotonina cerebral. O consumo de frutas e vegetais também amplia os níveis de felicidade e satisfação com a vida.
Redução do estresse
"Ingestão de alimentos ricos em gordura e hidratos de alimentos reduzem a atividade adrenal hipotálamo-hipófise e, por conseguinte, amortece a resposta ao stress. As reações afetivas positivas imediatas aos alimentos palatáveis pode ter ação da redução do impacto do stress", explana. Alguns estudos também mostram a dieta mediterrânea suplementada com óleo de peixe também reduz sintomas de depressão, estresse e ansiedade.
Energia
A nossa energia vem, principalmente, dos carboidratos. "Eles devem corresponder a 25% das nossas refeições principais, estando presente no arroz, pão, frutas, massas, batata, mandioca e doces. Importante para a prática de atividade física também. Dar preferência para os complexos e produtos integrais, com maior quantidade de fibras", aconselha.
Dormir melhor
Para ter uma boa noite de sono, Andrea indica leite, arroz, sementes (nozes, castanhas, amêndoas e qualquer outro fruto seco) e salmão. "Comer carboidratos complexos, como torradas integrais ou aveia antes de dormir. Estes alimentos desencadeiam a libertação de serotonina. As cerejas azedas são uma fonte natural da melatonina, que induz o sono", conclui.