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Bradesco deve indenizar mulher em R$ 25 mil por morte de cão intoxicado por planta tóxica em calçada

Pudim era cão de serviço de Fabiana Amaral; Bradesco não se manifestou sobre o caso

13 nov 2025 - 18h00
(atualizado às 18h04)
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Pudim precisou ser eutanasiado em 22 de outubro
Pudim precisou ser eutanasiado em 22 de outubro
Foto: Arquivo pessoal

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) responsabilizou o Bradesco pela morte do Pudim, cachorro que faleceu após comer uma planta tóxica cultivada em uma agência da zona oeste de São Paulo. O TJSP afixou uma indenização por danos morais em R$ 25 mil à tutora, Fabiana Amaral, de 47 anos, que tinha o labrador não só como amigo, mas animal de serviço.

O episódio ocorreu em 12 de março, quando Fabiana passeava com o animal perto da agência bancária. "Ali em frente ao Bradesco tinham várias cycas revoluta. Eu não sabia que essa planta era tóxica, e ele adorava comer uma graminha. [...] Ele comeu uma semente e no dia 13 já estava vomitando bastante", contou ao Terra.

O quadro clínico piorou rapidamente. "O segundo sintoma foi que ele parou de comer e o xixi dele estava muito, muito amarelo", relatou. Após idas a clínicas veterinárias e tentativas de tratamento, Pudim foi levado à UTI do Pet Care.

"Ele ficou quatro dias na UTI, fazendo acupuntura, fazendo todo o tratamento para o fígado. Só que essa planta, em 12 horas ela destrói o fígado. [...] No quinto dia da UTI, a veterinária me chamou para conversar. [...] A solução para ele não sofrer mais foi a eutanásia". 

Fabiana afirma que apenas depois do ultrassom soube que a planta era o motivo da intoxicação. A tutora diz que tentou alertar o banco e chegou a colocar placas informativas na grama. A gerente teria a contactado e afirmado que multaria os tutores de animais que ali passeavam. "Ela [a gerente] falou tanta besteira pra mim. [...] E até então eu não estava processando ainda. Eu entrei com o processo depois dessa conversa".

Pouco depois, as plantas foram retiradas."O dono da pet shop onde eles tomam banho me ligou chorando e falou: 'Fabi, estão arrancando todas as plantas do Bradesco, as plantas que mataram o nosso Pudim'. Eu fui lá correndo e realmente arrancaram todas".

Planta causou hepatopatia aguda
Planta causou hepatopatia aguda
Foto: Arquivo pessoal

Abalada, Fabiana diz que o cachorro era seu principal companheiro. "Essa perda pra mim... Eu já não tenho mãe, já não tenho um monte de gente, essa foi a minha pior perda até hoje. [...] Eu ando meio sem chão ainda". Fabiana possui diagnóstico de autismo e tinha Pudim como companheiro.

Agora, ela pretende transformar a dor em mobilização e agora luta para que a lei nº 13.646, que proibia o cultivo de plantas tóxicas em locais públicos, volte a valer. "Essas plantas têm que parar de ser distribuídas, plantadas assim, a esmo".

Procurado, o Bradesco afirmou que não comenta o caso.

Fonte: Portal Terra
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