Pediatra alerta sobre exposição de crianças na internet: 'Devemos proteger e guiar'
A especialista aponta que a introdução precoce de jovens às redes sociais prejudica, principalmente, a saúde mental
Recentemente, o influenciador Felca ganhou destaque nos meios de comunicação após fazer uma denúncia sobre a "adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais". O conteúdo, que já conta com mais de 45 milhões de visualizações, fez muitos familiares refletirem sobre os possíveis impactos da exposição de jovens na internet.
"A imagem de uma criança é parte da sua segurança e da sua essência. Proteger isso é proteger o futuro dela", aponta a pediatra, mãe e avó, Lilian Zaboto.
Riscos ao psicológico
De acordo com a especialista, a introdução precoce de crianças às mídias sociais prejudica, principalmente, a saúde mental. Por isso, ela afirma que os casos citados pelo youtuber evidenciam a necessidade de os pais e responsáveis moderarem o acesso às plataformas, a fim de preservar a segurança dos mais jovens.
"A tecnologia avança rápido, mas a maturidade emocional de uma criança não acompanha esse ritmo. Somos nós, pais, que devemos proteger, guiar e decidir o que mostramos ao mundo sobre nossos filhos", explica.
Orientações para proteger as crianças
Assim, para assegurar o psicológico dos pequenos, a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), orientam evitar deixá-los ter qualquer contato com telas até os dois anos de idade. Após esse período, eles podem utilizar aparelhos eletrônicos sob supervisão por no máximo uma hora ao dia. Já a partir dos cinco anos, o tempo limite aumenta para duas horas diárias.
Especialistas afirmam, no entanto, que, durante a primeira infância e até o início da pré-adolescência, é necessário manter os jovens longe das redes sociais. Essas plataformas são permitidas somente para maiores de 13 anos. Mas, para além de controlar o uso por parte dos filhos, os pais também devem atentar-se aos próprios conteúdos compartilhados, lembrando que as publicações podem afetar a mente e a vida dos pequenos a longo prazo.
"O que hoje parece uma lembrança fofa ou inofensiva, no futuro pode trazer consequências sérias para a vida pessoal e emocional de uma criança. Precisamos lembrar que a infância deve ser preservada, longe de julgamentos e pressões virtuais", acrescenta.
*Texto feito em parceira com Rosana Duda da Costa, da Duda Comunicação