Ansiedade pode ser um indicador precoce de Alzheimer
Pesquisa sugere agravamento dos sintomas de ansiedade poderia levar ao desenvolvimento da doença neurológica
Um novo estudo sugere uma associação entre os níveis da proteína beta amiloide, proveniente do Alzheimer, e os sintomas de ansiedade. As descobertas sustentam a hipótese de que os sintomas neuropsiquiátricos possam representar a manifestação precoce do Alzheimer em adultos mais velhos.
Para a realização do estudo, pesquisadores Brigham and Women's Hospital estudaram 270 homens e mulheres com as funções cognitivas regulares durante cinco anos. E puderam perceber o sintoma da ansiedade quando agravado poderia levar à progressão da beta amiloide no cérebro.
Os cientistas chegaram até essa conclusão após avaliações anuais e acompanhamento com exames de imagem comumente usados para diagnóstico de Alzheimer bem como avaliações anuais usando como base a Escala de Depressão Geriátrica, uma avaliação utilizada para detectar depressão em adultos mais velhos.
A pesquisa não é conclusiva e ainda são necessários novos testes para atestar uma relação de causa e consequência entre ansiedade e Alzheimer
Outra pesquisa
Essa não é a primeira vez que transtornos emocionais são associados ao Alzheimer. Uma pesquisa realizada pela Gothenburg University, na Suécia descobriu que mulheres que lidam com uma grande quantidade de estresse no dia a dia durante a meia-idade sofrem um maior risco de desenvolver Alzheimer mais tarde.
A equipe analisou dados de 800 mulheres suecas que foram seguidas por quase quatro décadas, começando quando elas estavam com 20 anos em média. As mulheres foram submetidas a exames psiquiátricos periódicos e responderam a perguntas sobre possíveis estressores da vida diária - como divórcio, dificuldades no trabalho e problemas de saúde pessoais ou dos membros da família.
Após 37 anos de acompanhamento, quando a mulheres completaram 57 anos em média, 19% delas desenvolveram demência - na maioria das vezes a doença de Alzheimer. E o risco subiu em conjunto com o número de estressores de vida que as mulheres haviam relatado quatro décadas antes. Para cada estressor, o risco da doença de Alzheimer subiu 17%. A relação persistia mesmo quando ajustados fatores de risco como pressão alta, diabetes e excesso de peso.