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Ansiedade pode ser um indicador precoce de Alzheimer

Pesquisa sugere agravamento dos sintomas de ansiedade poderia levar ao desenvolvimento da doença neurológica

12 jan 2018 - 19h13
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Um novo estudo sugere uma associação entre os níveis da proteína beta amiloide, proveniente do Alzheimer, e os sintomas de ansiedade. As descobertas sustentam a hipótese de que os sintomas neuropsiquiátricos possam representar a manifestação precoce do Alzheimer em adultos mais velhos.

Para a realização do estudo, pesquisadores Brigham and Women's Hospital estudaram 270 homens e mulheres com as funções cognitivas regulares durante cinco anos. E puderam perceber o sintoma da ansiedade quando agravado poderia levar à progressão da beta amiloide no cérebro.

Os cientistas chegaram até essa conclusão após avaliações anuais e acompanhamento com exames de imagem comumente usados para diagnóstico de Alzheimer bem como avaliações anuais usando como base a Escala de Depressão Geriátrica, uma avaliação utilizada para detectar depressão em adultos mais velhos.

A pesquisa não é conclusiva e ainda são necessários novos testes para atestar uma relação de causa e consequência entre ansiedade e Alzheimer

Outra pesquisa

Essa não é a primeira vez que transtornos emocionais são associados ao Alzheimer. Uma pesquisa realizada pela Gothenburg University, na Suécia descobriu que mulheres que lidam com uma grande quantidade de estresse no dia a dia durante a meia-idade sofrem um maior risco de desenvolver Alzheimer mais tarde.

A equipe analisou dados de 800 mulheres suecas que foram seguidas por quase quatro décadas, começando quando elas estavam com 20 anos em média. As mulheres foram submetidas a exames psiquiátricos periódicos e responderam a perguntas sobre possíveis estressores da vida diária - como divórcio, dificuldades no trabalho e problemas de saúde pessoais ou dos membros da família.

Após 37 anos de acompanhamento, quando a mulheres completaram 57 anos em média, 19% delas desenvolveram demência - na maioria das vezes a doença de Alzheimer. E o risco subiu em conjunto com o número de estressores de vida que as mulheres haviam relatado quatro décadas antes. Para cada estressor, o risco da doença de Alzheimer subiu 17%. A relação persistia mesmo quando ajustados fatores de risco como pressão alta, diabetes e excesso de peso.

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