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Metanol na bebida: Ministério da Saúde alerta após casos graves em São Paulo; entenda

Casos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo acendem alerta para risco de surto epidêmico e reforçam a importância de atenção à procedência dos produtos

29 set 2025 - 11h31
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Nos últimos 25 dias, o estado de São Paulo registrou dez casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Duas pessoas morreram: um homem de 54 anos na capital paulista e outro de 38 anos em São Bernardo do Campo. Além disso, algumas pessoas continuam internadas e outras relatam perda da visão. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) confirmou o ocorrido, o que reforça a gravidade da situação.

São Paulo registra mortes e internações por bebidas adulteradas com metanol; autoridades reforçam medidas de prevenção
São Paulo registra mortes e internações por bebidas adulteradas com metanol; autoridades reforçam medidas de prevenção
Foto: Reprodução: Clam Lo/Pexels / Bons Fluidos

A Polícia Civil abriu inquéritos em São Bernardo e na zona sul de São Paulo para investigar a adulteração das bebidas. Testemunhas, vítimas e estabelecimentos estão sendo ouvidos, e exames periciais foram solicitados para identificar a origem da contaminação.

O que é o metanol e por que ele é perigoso

O metanol é um líquido incolor, inflamável e altamente tóxico, usado na produção de combustíveis, plásticos, tintas e solventes. Apesar de ter uso industrial, não pode destinar-se ao consumo humano. Ingerido em pequenas quantidades, pode causar sintomas como visão turva, dor abdominal, tontura, náusea e, em casos graves, levar à falência de órgãos e morte.

Autoridades reforçam recomendações

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senacon e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, classificou a situação como preocupante. Segundo o órgão: "A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais. O cenário de adulteração é particularmente relevante do ponto de vista de saúde pública, pois episódios dessa natureza frequentemente resultam em surtos epidêmicos com múltiplos casos graves e elevada taxa de letalidade."

O CVS também reforçou a importância de bares e outros estabelecimentos redobrarem a atenção quanto à procedência de produtos oferecidos. Também alerta que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. Outros pontos que podem indicar adulteração são: numeração repetida ou ilegível dos lotes, preço muito abaixo do mercado, odor diferente do esperado e relatos de sintomas após o consumo, como visão turva e dor de cabeça intensa. 

Risco de surto e medidas de proteção

As intoxicações por metanol ocorreram em São Paulo, Limeira, Bragança Paulista e São Bernardo do Campo, envolvendo principalmente bebidas como gin, whisky e vodka. Todos consumidos em contextos sociais - bares e festas, por exemplo. Por isso, o governo federal trata a situação como risco de surto epidêmico. Ainda restam dúvidas importantes: a origem das bebidas adulteradas, se os casos estão ligados a um único lote ou a vários, a real extensão dos registros, possíveis ocorrências não notificadas e a identificação dos responsáveis pela adulteração.

A venda de bebidas adulteradas configura crime previsto no Código Penal e na Lei de Defesa do Consumidor. As autoridades afirmam que novas medidas de prevenção e fiscalização serão discutidas nos próximos dias para conter o avanço dos casos. Em caso de sintomas suspeitos após ingestão de bebidas alcoólicas, a recomendação é procurar atendimento médico imediato e entrar em contato com o Disque-Intoxicação 0800 722 6001 (Anvisa) para orientação especializada.

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