Menina que nasceu com mancha no rosto passou por 6 cirurgias e sofre com preconceito
Luna Fenner passará por mais um cirurgia para remoção da mancha
A pequena Luna Fenner, de 4 anos, nasceu com uma marca no rosto e vive de perto o preconceito. A família relatou ao Fantástico, da TV Globo, que a menina chegou a ser chamada de ‘monstro’ logo nos primeiros meses de vida.
Em uma entrevista que foi ao ar neste domingo, 1º, a mãe Carol Fenner contou que foi um ‘choque’ quando viu pela primeira vez a mancha da filha, chamada pela medicina de “nevo”. Ela chegou a achar que se tratava de uma sujeira. “Então eu falava: limpa o rosto dela. E o médico olhava e falou assim: ‘não, mamãe, eu acho que é uma mancha’", relembra.
Os pais de Luna chegaram a ir em vários médicos para saber se era algo que poderia prejudicar a saúde da pequena ou somente estético. No entanto, cada especialista falava algo diferente. “A gente estava muito perdido em relação à nossa decisão", afirma Carol.
A decisão de fazer a cirurgia foi tomada após o primeiro episódio de preconceito contra a menina, dentro de uma igreja. Luna tinha poucos meses de vida. “Uma senhora dentro da igreja chamou ela de ‘monstro’. [...] Não importa o que é que estão falando, se precisa, não precisa, a gente vai fazer porque ela vai passar por isso o resto da vida", revelou a mãe ao Fantástico.
Risco
A nevo é inofensiva, conforme aponta a reportagem, no entanto, devido ao tamanho dela no rosto de Luna, o risco de melanoma, um tipo de câncer de pele, é maior, em torno de 6%, enquanto em lesões pequenas, é menor que 1%.
A família mora nos Estados Unidos e começou a procurar por médicos para realizar a cirurgia. O primeiro cobrou US$ 450 mil (na cotação atual, R$ 2,26 milhões), mas eles teriam que pagar o procedimento até o fim daquele mês. A partir disso, os pais buscaram por ajuda na TV, rádio e até mesmo na internet. Lula ficou conhecida no mundo todo.
Uma campanha também foi criada para vender bonecas com uma mancha no rosto, e todo o valor seria revertido para pagar a cirurgia. E então, apareceu um profissional russo falando que teria a solução, com procedimentos menos agressivos.
A família embarcou para a cidade de Krasnodar, na Rússia, onde a pequena passou por seis cirurgias a laser para tirar a marca no rosto. Ela ainda fará mais uma operação, que ainda não foi possível, devido a guerra do país com a Ucrânia. “A gente está esperando essa guerra dar uma pausa para a gente voltar para fazer essa última etapa, e depois se preocupar com essa parte estética da Luna”, diz a mãe.