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Endometriose: diagnóstico pode impactar na vida afetiva e sexual; entenda

As consequências da doença vão muito além das dores físicas passando a afetar os relacionamentos, autoestima e o bem-estar psicológico das pacientes

16 dez 2025 - 17h09
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A endometriose é uma condição que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Ela tem um impacto significativo não apenas na saúde física, mas também na qualidade de vida emocional, afetiva e sexual da mulher.

Endometriose afeta a vida sexual e os relacionamentos; especialista explica como o diagnóstico impacta a intimidade e a qualidade de vida
Endometriose afeta a vida sexual e os relacionamentos; especialista explica como o diagnóstico impacta a intimidade e a qualidade de vida
Foto: Reprodução: Canva/Panuwat Dangsungnoen / Bons Fluidos

Segundo o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), o impacto da endometriose na vida sexual é múltiplo e pode resultar em profundas mudanças na dinâmica dos relacionamentos. "A dor crônica, uma das principais queixas das pessoas com endometriose, muitas vezes leva à redução do desejo sexual devido ao receio de que a atividade íntima intensifique o desconforto. Em muitos casos, as pacientes acabam evitando o contato sexual, o que pode criar barreiras emocionais e sentimentos de frustração tanto para elas quanto para seus parceiros ou parceiras", explica o médico.

O impacto da falta do diagnóstico 

A falta de compreensão e conhecimento sobre a endometriose pode agravar ainda mais a situação. Para muitas pessoas que convivem com a doença, há um sentimento de culpa ou vergonha associado à incapacidade de atender às expectativas do parceiro(a). "Além disso, o estigma em torno das dores menstruais e a percepção equivocada de que a dor é 'normal' contribuem para o isolamento emocional, criando uma barreira que dificulta o diálogo aberto sobre os desafios impostos pela condição. Esse quadro pode gerar tensões, distanciamento e, em casos mais extremos, levar ao rompimento de relações", comenta Tcherniakovsky.

A conscientização é a chave 

A educação e a troca de informações são ferramentas essenciais para reduzir o estigma e criar ambientes mais acolhedores e empáticos. Além disso, existem tratamentos que, quando bem conduzidos por uma equipe multidisciplinar, podem ajudar a minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

"Desde terapias medicamentosas, mudanças no estilo de vida, até intervenções cirúrgicas, cada caso deve ser avaliado individualmente para oferecer o melhor suporte possível. Ressalto a importância do apoio emocional. Terapias de casal e psicoterapia individual podem ajudar a lidar com as emoções geradas pela doença, proporcionando um espaço seguro para expressar medos, angústias e expectativas", relata o médico.

Vale lembrar que a endometriose é uma condição complexa que afeta a vida de milhares de pessoas, exigindo uma abordagem empática e abrangente. "Ao reconhecer o impacto que a doença tem na vida sexual e nos relacionamentos, é possível construir caminhos para uma vida mais plena, com menos dor e mais qualidade de vida para as pacientes. Isso passa pelo acesso a tratamentos adequados, apoio emocional e, acima de tudo, pela construção de um espaço de empatia e compreensão mútua", finaliza. 

Sobre o especialista

Dr. Marcos Tcherniakovsky - Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife. Instagram: @dr.marcostcher

*Fonte: Medellin Comunicação

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