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Vinhos espanhóis avançam no mercado brasileiro, apesar de baixa em importação

18 dez 2014 - 14h41
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São Paulo, 18 dez (EFE). - Os vinhos espanhóis, em firme aposta para conquistar novos mercados, aumentaram em 2013 a presença no Brasil, apesar da redução das importações durante o último ano no país, ressaltaram nesta quinta-feira fontes do setor.

Nos últimos anos, o vinho importado que mais cresceu no Brasil foi o espanhol, com um avanço de 7,15% em 2013, enquanto as importações do produto caíram 3,22% no ano passado, de acordo com os números apresentados pela campanha "Vinhos da Espanha", promovida pela embaixada espanhola.

O aumento de sua presença no Brasil ratifica a posição da Espanha em 2013 como o maior exportador mundial de vinhos. Uma das estratégias no mercado brasileiro, dominado por marcas da Argentina e do Chile beneficiadas pelo Mercosul, foi a oferta de vinhos de qualidade a preços mais baixos do que o dos outros países europeus e a promoção em eventos e feiras com o apoio da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

"É claro que a proposta e os objetivos do vinho espanhol não são os de conseguir os níveis e parcelas de mercado que o Chile e a Argentina têm, porque isso nunca vai acontecer, pois seus produtos são vistos como 'locais'", comentou à Agência Efe Antonio Correas, chefe da campanha "Vinhos da Espanha" no Brasil.

No entanto, para Correas, o vinho da Espanha tem muito espaço para crescer no país em relação a outros produzidos na Europa.

Para o exportador e representante da Adega Señorio de Sarria, Jordi Mesa, o consumo do vinho espanhol é associado pelos brasileiros ao hábito de ser acompanhamento das famosas "tapas".

Nesse sentido, o consumo de vinho no Brasil pode ser associado à degustação de sanduíches tradicionais da culinária local, apontou o exportador espanhol, que promove, entre outros, o vinho nº5 Garnacha, apresentado em São Paulo com uma sopa de castanhas.

Apesar do potencial, o setor reivindica as altas taxas de impostos aplicadas às bebidas alcoólicas no Brasil, que chegam a triplicar seu preço.

"Se tivesse um tratamento tributário um pouco mais amável para o vinho como produto e se fosse considerado também como alimento, isso favoreceria muito o crescimento da cultura vinícola brasileira", ressaltou Correas, enquanto Mesa destacou, por sua vez, que a chamada classe "C" torna-se cada vez "mais forte" no país.

EFE   
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