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Paixão pelo computador? Veja exageros tecnológicos

Vencedor do Oscar e Globo de Outo, 'Ela' mostra relação entre homem e sistema operacional e sugere discussão sobre dependência de tecnologias

16 mar 2014 - 15h47
(atualizado às 15h51)
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<p>Joaquin Phoenix interpreta Theodore Twonbly, um solitário escritor que 'namora' um sistema operacional</p>
Joaquin Phoenix interpreta Theodore Twonbly, um solitário escritor que 'namora' um sistema operacional
Foto: Divulgação

Um homem triste após passar por um divórcio encontra consolo ao se apaixonar por uma voz no computador, mais precisamente um sistema operacional. Parece uma realidade muito distante? Pois é essa discussão que, de certa forma, propõe o filme Ela, vencedor do Globo de Ouro e do Oscar como Melhor Roteiro.

Dirigido por Spike Jonze, o enredo conta a história de amor do solitário Theodore Twonbly, vivido pelo ator Joaquin Phoenix, por Samantha, o sistema operacional dublado por Scarlett Johansson. Além de organizar seus e-mails, lembrá-lo dos compromissos, a tecnologia mostra ainda intimidade e preocupação com seu dono, aplacando a solidão e estabelecendo um relacionamento amoroso.

A história parece meio irreal se analisada de forma distante e prática, já que não dispomos de tecnologias tão avançadas, ainda. No entanto, o filme acende a observação de como as tecnologias e a internet vêm ganhado, às vezes, mais espaço que pessoas de carne e osso na vida de gerações inteiras.

A dependência desses meios acaba gerando um isolamento entre as pessoas e o aumento da solidão, segundo explica o psiquiatra do Hospital das Clínicas, Gabriel Lopes. “A internet em si não é um problema, ela acaba sendo útil para conhecer pessoas e desenvolver relações, mas a sociedade tem esse problema crônico de solidão que não consegue resolver e acaba se refletindo na rede. A questão é pensar se é realmente necessário usar disso para ter a sensação de não estar sozinho?", explica o psiquiatra.

De acordo com ele, este comportamento é observado principalmente em países orientais, onde a tecnologia acaba se tornando uma via de mão dupla, já que seu excesso cria uma sociedade cada vez mais dependente, e é por meio dela que também se resolve, em certa medida, a solidão. A coreana Park Seo-yon, por exemplo, ganha mais de R$ 20 mil por mês praticando o “voyeurismo gastronômico”. Ela é paga para que interaja com pessoas do outro lado da tela enquanto jantam “juntos”, mas cada um na sua casa.

Pode parecer absurdo ter que recorrer a este serviço para ter companhia no jantar, mas muitas pessoas parecem não se sentir mais tão à vontade na companhia de um par. Segundo uma recente pesquisa do Boston Consulting Group, 21% dos americanos trocariam o sexo pelo acesso à internet.

Coca-Cola divulga vídeo para relembrar pessoas de aproveitarem a vida real e sugere novo produto: social media guard
Coca-Cola divulga vídeo para relembrar pessoas de aproveitarem a vida real e sugere novo produto: social media guard
Foto: Divulgação

O uso excessivo das redes sociais tem incomodado também os menos adeptos dos smartphones e gerou, inclusive, um  vídeo promocional da Coca-Cola, em que eles sugerem a criação de um novo produto, o Social Media Guard, que é um cone de plástico colocado no pescoço que impede a pessoa de olhar para baixo e checar o celular. Segundo a empresa, o vídeo, filmado em Dubai, procura lembrar as pessoas de aproveitarem os momentos reais da vida.

Uma das classes mais incomodadas com as redes sociais são os chefs e gerentes de restaurantes, já que registrar o prato antes mesmo de observá-lo e, claro, saboreá-lo é uma moda recorrente. A hashtag #food tem mais de 80 milhões de publicações relacionadas no Instagram. Por isso, os donos do restaurante Bouley, em Nova York, proibiram tirar fotos dos pratos. Bem distante dali, o restaurante Abu Ghosh, em Jerusálem, oferece 50% de desconto para os clientes que desligarem o aparelho celular. O Eva, em Los Angeles, também adotou a política de reduzir a conta de quem deixar o telefone na recepção.

Outros são menos radicais e apostam mais em campanhas para conseguir resgatar as pessoas das telas. O espanhol Venga, que tem unidades no Rio e em São Paulo, criou a campanha “no me venga com wi-fi” e, quando os clientes procuram a rede móvel, encontram uma brincadeira: “Ah, larga o celular! Curta o momento. Uma dica do Venga”.

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Fonte: Terra
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