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Especialistas alertam perigos do alto consumo de ultraprocessados na infância

Pesquisas mostram que até metade das calorias das crianças vem de ultraprocessados, aumentando o risco de obesidade, déficit nutricional e doenças crônicas

6 out 2025 - 14h59
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Doces, refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo: alimentos práticos, baratos e cheios de sabor, mas que escondem uma realidade alarmante. Pesquisas recentes mostram que o consumo de ultraprocessados por crianças está aumentando de forma preocupante, e pode trazer sérias consequências para a saúde a curto e longo prazo.

Crianças estão consumindo mais ultraprocessados; hábito aumenta o risco de obesidade, carências nutricionais e doenças futuras
Crianças estão consumindo mais ultraprocessados; hábito aumenta o risco de obesidade, carências nutricionais e doenças futuras
Foto: Reprodução: Canva/Antonio_Diaz / Bons Fluidos

Quase metade das calorias vem de ultraprocessados

Um estudo conduzido pela Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que 45% das calorias diárias consumidas por crianças de 3 a 5 anos vêm de produtos ultraprocessados. A pesquisa, publicada no Jama, analisou dados de 2.217 crianças. Observou-se que aquelas que comiam mais alimentos industrializados apresentaram índices de massa corporal (IMC) mais altos e maior propensão ao sobrepeso e à obesidade, especialmente entre os meninos.

Os cientistas alertam que a primeira infância, fase que vai do nascimento aos 6 anos, é um período decisivo: é quando se formam os hábitos e preferências alimentares que tendem a acompanhar o indivíduo por toda a vida.

Brasil segue a mesma tendência

O cenário brasileiro não é diferente. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado pelo Ministério da Saúde, mostrou que 80% das crianças de até 5 anos consomem regularmente produtos como bolachas, bebidas açucaradas e farináceos instantâneos. Entre os pequenos de 3 a 5 anos, 30% das calorias diárias vêm desses alimentos.

Além do risco de obesidade precoce, o consumo exagerado desses produtos pode causar deficiência de ferro, cálcio e zinco, prejudicando o crescimento, a imunidade e a formação óssea. Também, o alto teor de açúcares e gorduras saturadas compromete o metabolismo e favorece o acúmulo de gordura e resistência à insulina.

O impacto vai além do corpo

A alimentação inadequada também afeta o desenvolvimento cerebral. Crianças que consomem muitos ultraprocessados podem apresentar dificuldade de concentração, queda na memória e menor desempenho escolar. Para além da infância, crianças que consomem ultraprocessados costumam manter esse padrão ao longo da vida, aumentando o risco de doenças crônicas.

Mas por que as famílias recorrem a esses produtos se eles são tão prejudiciais? Especialistas dizem que o consumo elevado pode ter múltiplas causas: praticidade, facilidade no armazenamento e no preparo, além do baixo custo desses alimentos. Sem contar que são extremamente saborosos, conquistando o paladar desde cedo. 

Educação alimentar é o caminho

Para mudar esse cenário, o fortalecimento da educação alimentar desde cedo é fundamental, tanto em casa quanto nas escolas. Políticas que proíbam a venda de ultraprocessados em cantinas e incentivem refeições balanceadas podem transformar o comportamento alimentar de toda uma geração.

Pequenas mudanças diárias podem fazer uma grande diferença. Hábitos como trocar o refrigerante por sucos naturais, incluir mais frutas e legumes nas refeições e evitar produtos prontos são fundamentais.

Bons Fluidos
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