Cadeira de rodas feita por estudante de Engenharia ajuda cão paraplégico voltar a andar
Cão paraplégico volta a se locomover após receber cadeirinha de rodas feita por estudantes e pesquisadores, devolvendo autonomia e qualidade de vida ao bichinho
A vida de Tiringa, um cão de 2 anos e 3 meses, ganhou um novo ritmo após receber uma cadeirinha de rodas personalizada produzida pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Isso porque os pesquisadores desenvolveram um equipamento sob medida que devolveu ao animal parte da autonomia perdida após ele ficar sem os movimentos das patas traseiras. Condição que, segundo a tutora, Thuany Bento, surgiu após a aplicação equivocada de uma vacina.
Testemunhas registraram e divulgaram, nas redes sociais, o momento em que o animal volta a se locomover com o auxílio da estrutura. O portal G1 foi o responsável por divulgar as informações.
Conheça a história de Tiringa
A tutora disse que Tiringa chegou a iniciar sessões de fisioterapia, mas precisou interromper o tratamento por limitações financeiras. Porém, sem alternativas e em busca de um equipamento que pudesse ajudar na reabilitação do animal, ela procurou o IFSC ao descobrir que o laboratório já havia realizado projetos semelhantes. "Essa cadeirinha é um apoio essencial. Ela devolve a ele a chance de se movimentar, de brincar e de ter a disposição que sempre teve", contou Thuany.
Como os pesquisadores desenvolveram a cadeira de rodas?
O professor Matheus Savi coordena o LabMais, do IFSC, reconhecido pela criação de próteses e modelos anatômicos em 3D usados principalmente em cirurgias humanas. O espaço, no entanto, também abre suas portas para demandas veterinárias, unindo inovação tecnológica e impacto social.
Matheus explicou que a estrutura utilizada por Tiringa é resultado da adaptação de projetos já existentes. Portanto, a equipe ajustou cada detalhe para atender às necessidades específicas do cachorro, garantindo conforto e eficiência. "Partimos de modelos disponíveis e fizemos os ajustes necessários para imprimir e montar com nossa metodologia. Utilizamos PLA em impressoras de filamento, acrescentamos parafusos para fixação e rodas de patins, que oferecem ótimo desempenho no deslocamento", destaca o professor.
Jaqueline Tainara Costa, bolsista do laboratório, foi a responsável pelo design e pela fabricação do dispositivo. A estudante é formada em radiologia e estudante de Engenharia. "Pude aplicar, na prática, o que venho estudando. Desenvolver essa cadeirinha foi juntar técnica e propósito. Ver o resultado funcionando e o Tiringa se movimentando é uma sensação indescritível".
Com o novo equipamento, Tiringa voltou a explorar ambientes, brincar e conviver com outros animais com mais independência. Com isso, a cadeirinha se tornou um suporte físico e uma ferramenta de inclusão, capaz de devolver ao cão parte da vivacidade que marcou seus primeiros anos de vida. Assista ao momento especial:
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