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Cidades grandes estão transformando escritórios vazios em fazendas urbanas

Com expansão durante e após a pandemia, a agricultura vertical é considerada mais sustentável do que a tradicional, pois consome menos água e reduz as emissões de gases do efeito estufa

11 abr 2025 - 13h43
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Você já imaginou chegar ao escritório e se deparar com uma plantação de verduras em uma das salas? Parece um cenário surreal, né? No entanto, as chamadas fazendas urbanas existem e vêm expandindo desde a pandemia de Covid-19. Além disso, esse tipo de cultivo já é muito utilizado nos Estados Unidos. Um exemplo é o espaço de plantio de 18,6 mil metros quadrados, construído em um prédio edifício comercial em Florence, no Estado de Kentucky.

As fazendas urbanas são consideradas mais sustentáveis, pois consomem menos água e reduzem as emissões de gases poluentes
As fazendas urbanas são consideradas mais sustentáveis, pois consomem menos água e reduzem as emissões de gases poluentes
Foto: Pexels/ThisIsEngineering / Bons Fluidos

Como as fazendas urbanas surgiram

Em meio à crise do coronavírus que impactou o mundo entre 2020 e 2023, os setores responsáveis pela agricultura sofreram uma paralisação. Nesse momento, o cultivo interno e vertical, que demanda um ambiente com iluminação artificial e temperaturas controladas, emergiu como uma forma de substituir a carência do mercado. Em 2021, o setor atingiu o recorde de investimentos, com negócios no valor de R$ 34,5 bilhões.

Com o fim da pandemia, se imaginou que a prática cairia em desuso. Algumas empresas, que implementavam as fazendas urbanas em edifícios, chegaram, até mesmo, a deixar o mercado. No entanto, o esvaziamento dos escritórios, em decorrência da popularização do trabalho remoto, somente auxiliou seu crescimento. Assim, start-ups, como a australiana Greenspace, se empenharam em transformar os espaços vazios dos prédios em áreas para o plantio de verduras.

Vantagens e desafios

Uma das principais caraterísticas e vantagens do método é a chance de os produtos saírem direto da plantação para o consumidor final. Desta forma, o setor realiza entregas somente para custas distâncias, o que ainda reduz a emissão de gases do efeito estufa. "A maior parte dos produtos é selecionada para cultivo considerando sua capacidade de suportar uma viagem de 2,4 mil quilômetros", explicou a funcionária Jacqueline Potter, da empresa especializada Area 2 Farms, à 'BBC'.

Em entrevista ao veículo, o professor de geografia Evan Fraser, da Universidade de Guelph, enfatizou que as fazenda urbanas podem superar a agricultura tradicional no quesito sustentabilidade. Isso porque a plantação vertical gasta menos água, além de apresentar uma maior produção por metro quadrado. Entretanto, de acordo com o profissional, o método possui desvantagens, como o consumo elevado de energia e a baixa variedade de alimentos, pois o foco ainda está no plantio de verduras e flores comestíveis.

Mas o especialista acredita que, com a geração de energia através de fontes renováveis, e com mais investimentos, o setor poderá competir com as fazenda externas. "Não há nada que as cidades detestem mais do que espaços não utilizados, que não trazem crescimento econômico. Se a transformação em fazendas urbanas tiver sucesso em cidades como Arlington, outras poderão vir em seguida", afirmou.

Bons Fluidos
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