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Projetos transformam edícula em casa à parte

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Engana-se quem pensa que edícula é sinônimo de “puxadinho”. Em alguns casos elas chegam a ser pequenas e bem planejadas casas localizadas no fundo de um terreno, com quarto, sala, banheiro, cozinha e até garagem e saída independente da construção principal.

Situada normalmente nos fundos do terreno, a edícula pode se tornar uma casa independente da construção principal
Situada normalmente nos fundos do terreno, a edícula pode se tornar uma casa independente da construção principal
Foto: Divulgação: André Godoy

“Ela é desvinculada da casa e depende muito de quem mora ali”, afirma a arquiteta Paula Sertório, de São Paulo. A edícula pode ser uma “casa” para hóspedes, dependência de empregada, área de serviço, escritório ou espaço de lazer. Em um de seus projetos, Paula fez da edícula de uma casa um ótimo lugar de convivência, com infraestrutura tão completa que é possível passar o dia lá sem ter de acessar a casa principal. “Tem churrasqueira, forno de pizza, cooktop, geladeira e até uma máquina de lavar louças”, afirma Paula.

Há, no entanto, usos mais inusitados da edícula. A arquiteta Paola Laguna, de Ribeirão Preto (SP), diz que em sua cidade é muito comum casais jovens comparem terrenos e construírem uma edícula, como se fosse um loft para viverem até terem dinheiro suficiente para construir a casa principal. “Já faço o projeto pensando que no futuro essa área terá outra função”, diz Paola.

Nas alturas

Outro lugar-comum associado a edículas é que esse tipo de construção só existe em casas. Nada disso. A arquiteta Paula Ferraz, de São Paulo, conta que projetou um espaço do gênero na cobertura de um condomínio de prédios na capital paulista. Ela explica que o empreendimento, de alto padrão, é uma “town house”, conjunto de pequenos prédios de no máximo três andares inspirados nas casas em que as elites europeias dos séculos XVII e XVIII passavam temporadas nas cidades. Tanto que o condomínio se inspira nos prédios do sofisticado bairro de Notting Hill, em Londres.

Cada prédio tem no máximo seis unidades e não há elevador. A cobertura do edifício, de 105 m2, foi destinada ao lazer. “Buscamos uma linguagem aconchegante”, diz Paula Ferraz, que aplicou na edícula um revestimento que remete a uma fazenda. Segundo a arquiteta, a construção ajudou a organizar o espaço de lazer do edifício, pois enquanto um vizinho usa o local para fazer um churrasco outro pode aproveitar o solário. “É possível conviver sem invadir o espaço do outro”, diz Paula.

De olho na lei

Antes de construir uma edícula, porém, é preciso conhecer as leis que regem a construção civil no município. Paola Laguna explica que é importante procurar a prefeitura de sua cidade e saber quais são as regras para construí-la. “As informações sobre recuos são encontradas no site da prefeitura, especificamente na página da Secretaria do Planejamento de obras da sua cidade”, informa. É preciso ficar atento às regras, pois a obra pode ser embargada e, se a construção for irregular, corre-se o risco da prefeitura ordenar a demolição.

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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