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Dragão Fashion: veja em 6 passos a moda no Nordeste

Semana de moda autoral apresentou estilistas com trabalhos artesanais impecáveis e amplo espaço de convivência com música e culinária

12 mai 2015 - 18h18
(atualizado às 18h54)
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Enquanto o São Paulo Fashion Week e o Minas Trend são as semanas de moda mais comerciais e conhecidas no cenário nacional, Fortaleza, no Ceará, recebe há mais de 10 anos o maior encontro de moda autoral do País: o Dragão Fashion Brasil.

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Semana de moda reuniu 32 desfiles
Semana de moda reuniu 32 desfiles
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação

A 16º edição do evento – que aconteceu entre os dias 7 e 10 de maio - deu mais um passo rumo a vários de seus objetivos: ser mais que uma semana de moda e unir arte, entretenimento, culinária, palestras e concursos de novos talentos em um mesmo espaço. E, tudo isso, aberto ao público e gratuito. “É uma mistura, um mosaico cultural, é mais que moda, é um espaço de convivência”, explica ao Terra Cláudio Silveira, criador e diretor do evento.

E, talvez, seja justamente a união de tantas frentes e a tentativa de popularização da moda que torne possível o crescimento do projeto em épocas de crise como esta, quando o Fashion Rio, por exemplo, cancelou as duas últimas edições.

Área externa tinha vários food trucks, palco com apresentação de bandas e área de coquetel com DJ
Área externa tinha vários food trucks, palco com apresentação de bandas e área de coquetel com DJ
Foto: Aline Lacerda / Terra

1 – Com vista para o mar

Nos últimos anos, a semana de moda aconteceu em uma praça no centro da cidade com estruturas em formato de tenda, mas nesta edição, ganhou um upgrade ao ser responsável por inaugurar o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza. A construção moderna e de frente para o Oceano Atlântico aproximou a beleza das praias da cidade do Dragão Fashion.  O clima, com certeza, ficou melhor durante os quatro dias de desfile com uma vista daquelas!

Vista noturna do espaço de convivência do Dragão Fashion
Vista noturna do espaço de convivência do Dragão Fashion
Foto: Davi Magalhães / Divulgação

2 – Muito mais que moda

Claro que os desfiles são o carro-chefe e a razão de ser do evento, mas uma boa parcela das mais de quatro mil pessoas – inclusive crianças - que passaram por lá diariamente tinham também outras distrações. A enorme área cheia de mesas e sofás se transformava em um animado ponto de encontro regado a champanhe no início da noite.

Entre as atrações, estavam exposições de trabalhos de faculdades, lojas de artesãos e grifes locais, vários food trucks com um variado cardápio de comidas e sobremesas, espaço com DJ, café, balada no rooftop e palco com apresentações de banda. Em um canto do local, tinha ainda um espaço fitness com aulas de ioga, spinning e apresentações de tecido acrobático.

Aulas de spinning aconteciam no fim da tarde
Aulas de spinning aconteciam no fim da tarde
Foto: Aline Lacerda / Terra
Exposição de trabalhos feitos por alunos de faculdades de moda
Exposição de trabalhos feitos por alunos de faculdades de moda
Foto: Aline Lacerda / Terra

3 – Desfiles

Ao todo, 40 modelos femininos e masculinos se revezaram em 32 desfiles apresentados em duas salas com capacidade para mil pessoas cada uma e que estavam quase sempre lotadas. O line-up trouxe estilistas estreantes e veteranos das passarelas cearenses vindos a maioria da região Nordeste, mas também do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por exemplo.

Por ser uma oportunidade de exibir a moda autoral feita por nomes nem tão conhecidos no cenário fashion, o Dragão não tem uma sazonalidade, por isso são apresentados num mesmo momento coleções de verão e inverno.

Evento tinha duas salas de desfiles com capacidade para mil pessoas cada
Evento tinha duas salas de desfiles com capacidade para mil pessoas cada
Foto: Aline Lacerda / Terra

4 – Estilistas

Nem todos os desfiles são aplaudidos de pé pela plateia, nem encantam os olhos e não dão vontade de levar uma ou várias roupas para casa e muito por causa dos problemas com os acabamentos das peças. Mas alguns com certeza valem, e muito, a atenção.

São eles o trabalho de renda artesanal feito pela cearense Almerinda Maria; a coleção de biquínis com design criativo apresentado pela Bikiny Society, design criado na Suíça e com tendências europeias, mas confeccionado no Ceará com materiais locais; a coleção de moda festa toda em preto riquíssima em bordados com cristais, renda, crochê e tule criada por Ivanildo Nunes; o desfile irreverente do cearense Lindebergue Fernandes; a moda masculina do cearense que tem endereço no Canadá João Paulo Guedes e a coleção detalhista do mineiro Ronaldo Silvestre. Dois grandes nomes do Dragão são ainda os cearenses Lino Villaventura e Vitorino Campos.

Desfiles de Almerinda Maria, Bikiny Society, Lindebergue Fernandes e Vitorino Campos
Desfiles de Almerinda Maria, Bikiny Society, Lindebergue Fernandes e Vitorino Campos
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação
Desfiles de Ronaldo Silvestre, Lino Villaventura, Ivanildo Nunes e João Paulo Guedes
Desfiles de Ronaldo Silvestre, Lino Villaventura, Ivanildo Nunes e João Paulo Guedes
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação

5 – Muitas mãos envolvidas

Além da moda autoral como guia, a maioria dos desfiles tinha outro detalhe em comum: a valorização do handmade. Rendas, crochê e todo tipo de artesanato local apareceram na maioria das coleções e foram em vários momentos os protagonistas da semana de moda. Algumas marcas são feitas por estilistas locais que vivem, trabalham e vendem suas criações fora do País – principalmente na Europa - mas vêm buscar mão de obra e matéria-prima no estado. Dados do Anuário da Moda do Ceará de 2014 mostram que o setor oferece quase 65 mil empregos formais divididos em mais de 1,7 mil empresas.

Muito bem feito, este trabalho exclusivo e delicado de artesãoes merece ser mais valorizado e, nos bastidores, é isso que alguns estilistas tentam fazer. Ivanildo Nunes, por exemplo, entrou na passarela no momento dos agradecimentos ao lado de mais de 10 rendeiras da região e Ronaldo Silvestre apresentou na passarela o trabalho feito por comunidades e ex-presidiários. “A gente fala tanto em crise, mas essas comunidades sempre estão e estiveram em crise e este tipo de trabalho é o que dá ânimo para eles”, disse o estilista.

Desfiles de Gisela Franck, ASAP, Melk Z-da e Weider Silveiro
Desfiles de Gisela Franck, ASAP, Melk Z-da e Weider Silveiro
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação
Desfiles de André Sampaio, Jadson Ranieri, Lenita Negrão e Lizzi
Desfiles de André Sampaio, Jadson Ranieri, Lenita Negrão e Lizzi
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação

6 - Novos talentos

O concurso dos novos talentos movimenta desfiles de coleções de várias universidades do País. São oito participantes que saíram de São Paulo, Pará, Paraná e outros lugares pelo prêmio de R$ 8mil, que foi vencido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Desfiles de coleções criadas por faculdades de moda de várias cidades do Brasil
Desfiles de coleções criadas por faculdades de moda de várias cidades do Brasil
Foto: Roberta Braga / Leila Motta / Ricardo K. / Divulgação
Fonte: Terra
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