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Aos 45, Claudia Liz diz que não se achava bonita no auge

Modelo se prepara para novo trabalho na moda após 10 anos afastada

6 ago 2014 - 10h05
(atualizado às 16h28)
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Nos anos 1990, Claudia Liz era um nome tão forte no mundo da moda que dispensava explicações. Trabalhou com grandes figuras da fotografia, como J. R. Duran e Bob Wolfenson, e desfilou para grifes como Chanel, Forum e Ocimar Versolato. A carreira, que começou em Goiânia quando tinha apenas 13 anos, chegou até a decolar para a TV.

O currículo de sucesso foi interrompido por um coma, após uma complicação em uma cirurgia de lipoaspiração, o que também trouxe depressão, síndrome do pânico e uma enorme aversão à fama e à multidão que ela atraía.

<p>Claudia Liz nos anos 1990 e, agora, aos 45: "gosto da mulher que eu sou"</p>
Claudia Liz nos anos 1990 e, agora, aos 45: "gosto da mulher que eu sou"
Foto: Alan Morici/ Terra / Divulgação

Hoje, aos 45 e após 10 anos afastada, ela se prepara para um novo trabalho como modelo - sobre o qual ainda não pode dar detalhes. Mas o foco está voltado à sua própria agência de design, que mantém há oito anos depois de abrir mão, conscientemente, dos holofotes. 

A modelo que rodou o mundo desfilando hoje leva vida de 'gente normal': toma café da manhã todo os dias às 8h, com a sua auxiliar doméstica – “é o momento mais legal do meu dia” –, trabalha em horário comercial, faz academia e toda noite sai para jantar com o marido, o empresário Beto Giorgi, proprietário de cinco restaurantes na capital paulista.

Além da rotina, sua autoestima também mudou. “Eu não me achava bonita. Mas o 'não me achar bonita' me tornou uma boa modelo. Porque eu tinha atitude”, conta em entrevista exclusiva ao Terra, realizada em uma das casas do marido, o L'amitié, no Itaim Bibi.

Ela diz que está acima do peso e quer emagrecer, porém, mais segura, está diferente do que sentia nas épocas de glória. “É uma conquista gostar de mim hoje”. Leia os principais trechos da conversa e veja fotos de Claudia hoje e do início de sua carreira. 

Terra: Como surgiu a proposta de novo trabalho como modelo?

Claudia Liz: Há oito anos tenho um escritório de design gráfico, então saí do mercado. Eu tinha filho pequeno na época e queria fazer outras coisas, criar uma nova profissão. Agora, o Cacá [diretor e sócio da agência Ocamodels] veio perguntar o que eu achava [de fazer uma nova campanha de moda].

Terra: Mas você tem vontade de voltar a atuar como modelo?

C.L.:

Minha vontade seria dar palestras pra modelos, porque tenho experiência nisso. Estou mais tranquila para fazer outras coisas, tenho um casamento estável, um filho que saiu de casa e uma empresa estável, então estou em uma fase livre, muito boa.

Terra: O que pretende com este novo projeto como modelo? Com que público quer falar?

C.L.:

Um projeto são as palestras para as meninas jovens: eu sei o que é sair de casa com 15 anos. O outro é falar com a mulher acima de 40 anos.

Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Foto: Divulgação
Terra: Falta referência pra essas mulheres?

C.L.:

 Eu acho que a mulher de 40 anos não tem que seguir moda, tendência, e sim o estilo dela. Ela não quer ter o corpo de uma dessas gostosas que aparecem e que a mídia coloca como corpo perfeito. E também não tem a possibilidade. Eu emagreço um quilo por mês.

Você tem que respeitar o seu tipo físico, saber a modelagem que te cai melhor e brincar com adereços. Mas é difícil encontrar marcas pra essa mulher, acho que é um mercado que cresce muito. Como eu há várias, com filho criado,que se cuidam, vão na academia, fazem dieta, têm uma condição financeira melhor e já têm uma relação estável. Então você está mais livre. Tenho muita vontade de falar com essa mulher.

Terra: Qual é o seu estilo?

C.L.:

Sou muito de calça preta, camisa preta, blazer. Gosto de acessórios, de óculos. [Mostra um modelo de grau com aro azul]. Este aqui é para vista cansada mesmo, pós-40 [risos]. Gosto de algumas marcas, Hugo Boss, Lacoste, Reinaldo [Lourenço].

Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Foto: Divulgação

Terra: É muito consumista?

C.L.:

Teve uma época em que eu consumia, mas hoje eu compro o que preciso, compro pouco.

Terra: Tem muita coisa?

C.L.:

Meu marido acha que tenho, eu acho que não [risos]. Guardo umas peças que não cabem mais, e há coisas que tenho apego. Um tailleur Christian Dior, outro da Chanel. Não posso mais usar, aí empresto para minhas amigas usarem. Gosto do tecido, da modelagem, gosto de ver nelas.

Terra: Você sempre quis ser modelo?

C.L.:

Não, surgiu uma oportunidade. O Bernard, que era dono da maior agência do Brasil, foi para Goiânia, me viu e perguntou se eu tinha interesse. Tinha 15 anos. Já era alta, desde os 11 anos eu tinha 1,75, hoje tenho 1,80. Sempre tive porte.

A minha sorte é que fiz tudo o que há de melhor no mercado. Fiz Vogue, Elle, Capricho, Marie Claire, fazia as revistas tops e bastante publicidade, campanhas. Eu não era modelo comercial, nunca foi meu perfil, meu perfil era mais fashion: fotos e desfiles.

Terra: Você viajava muito a trabalho?

C.L.:

Nos anos 1980, eu viajei. Fiz Milão, Paris, Madri, Tóquio e Nova York. Só que eu era casada, casei com 16 anos com o pai do meu filho. Então eu queria voltar, nunca tive muita vontade de morar fora do País.

Terra: Engravidou com quantos anos?

C.L.:

Com 23 anos. Fiz umas fotos grávidas, uma coisa ou outra. Quando o Luca estava com oito meses, eu voltei, com dieta e muito exercício físico. É a única maneira, não tem segredo.

Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Foto: Alan Morici / Terra
Terra: Nessa época é que você foi para a TV?

C.L.:

Em 1995, fui chamada para apresentar 'MTV a Go-go' e depois me convidaram para fazer um filme. Aí o Wolf Maia me viu e chamou pra TV. Só que eu não conseguia conciliar com o Luca, porque as gravações eram no Rio.

Terra: Essa também foi a fase da lipoaspiração e do coma?

C.L.:

Em 1997, eu entrei em coma... [trabalhar] era um sacrifício para mim, porque eu tive síndrome do pânico, então ia chorando daqui pro Rio. Fiquei cinco dias em coma e 15 na UTI. O Luca tinha três anos.

Terra: Como você se lembra dessa fase?

C.L.:

Foi o meu período negro mesmo, entrei em uma superdepressão e síndrome do pânico em uma época em que ninguém sabia o que era isso. Existia um preconceito muito grande. Demorei muito tempo pra chegar a um médico, foram várias tentativas com remédio.

Terra: O que você sentia?

C.L.:

Tinha uma ansiedade exacerbada, entrava em uma crise de pânico e não saía da cama. Meu marido e minha mãe falavam: ‘você tem tudo’, mas eu não sabia o que estava acontecendo. Para acertar o remédio, foram sete anos. Eu não gostava de multidão, de sair na rua, me dava tremedeira.

Terra: Continuou trabalhando neste período?

C.L.:

Por um tempo. Mas imagina você enfrentar o público em pânico, tremendo. Eu ia gravar no Rio, entrava no banheiro e chorava. Aí que falei: ‘não consigo mais’. Quando você tem pânico, depressão, a exposição incomoda.

Terra: O que mais te incomodava na fama?

C.L.:

Você vai no supermercado, você dá autógrafo. Você vai a um restaurante, se está chorando ou brigando com o marido, você tem que dar um sorriso e contar tudo o que está fazendo. Fingir que está ótima. É o ‘jogo do feliz’ o tempo inteiro. E quando você passa por uma dificuldade, também a imprensa faz daquilo uma tragédia.

Terra: O que este período te trouxe?

C.L.:

Eu amadureci, precisava amadurecer. Acho que estava muito solta emocionalmente. Precisava voltar para a minha essência, que é o que dá segurança, autoestima.

Terra: E quando começou a nova carreira, longe do mundo da moda?

C.L.:

Em 2006 eu montei a agência com minha sócia.

Terra: Você estudou algo na área de design?

C.L.:

Não. Minha sócia faz o planejamento estratégico, e o meu direcionamento é estético. Sempre gostei de arte. Minha agência não faz publicidade, é só design gráfico.

Terra: E o que você pensou quando decidiu sair dos holofotes?

C.L.:

Não quero mais aparecer, não quero mais ser pública, quero ter o meu universo. Estava escolhendo um caminho onde estivesse menos exposta e sempre estive envolvida com arte.

Terra: Quando se deu conta de que estava preparada para enfrentar o mundo, sem medo?

C.L.:

Em 2006, eu já estava melhor, mas ainda sem querer me expor. Foi uma fase melhor, me dediquei mais à agência.

Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Foto: Alan Morici / Terra

Terra: E você chegou a manter alguma relação com o mundo da moda?

C.L.:

Cheguei a ir a algumas semanas de moda, mas me afastei porque tinha muita gente. Não sou uma estudiosa, mas acompanho, porque para o meu trabalho é referência. E eu faço moda hoje, fiz o site da Iódice, da Têca, da Super Suit 77, da Seven. Estou ligada, porém por outra ótica.

Terra: Manteve alguma amizade da época dos desfiles?

C.L.:

O Facebook é uma maravilha, né? Tem algumas meninas que converso ainda, mas amigo é tão difícil. Acho que, se contar, tenho cinco, seis amigos íntimos. Tenho conhecidas, que eu adoro.

Terra: Como é a sua rotina hoje?

C.L.:

Acordo às 8h, tomo café e converso com a menina que trabalha comigo, que eu adoro. É o momento mais legal do meu dia. Ela é muito carinhosa comigo e tem a minha idade. Por nove horas, estou na agência. Fico lá o dia todo, faço fisioterapia [está com uma inflamação no pé] e depois academia.

Terra: O que você costuma fazer na academia?

C.L.:

Faço aquela 'aula de mulher’, localizada. É um monte de mulheres na sala, acho muito gostoso - apesar de a musculação ser muito importante quando a gente vai ficando mais velha. Nessa eu coloco um pesinho maior. Para o glúteo comecei com dois, já estou com seis [quilos]. Foi um avanço! Acho que é preciso movimentar o corpo. É bom pra depressão, para o físico, pele, saúde e, esteticamente, você vê o resultado.

Terra: Você sempre malhou ou deu uma parada?

C.L.:

Não, eu larguei durante três anos. Chutei o balde. Conquistei vários quilos. Meu marido tem restaurante...

Terra: Como controla a alimentação hoje? É regrada?

C.L.: Hoje eu sou, mas chutei o balde. Ele [marido] tem lanchonete, eu ia no hambúrguer, no milk shake, na batatatinha e no cafezinho. Hambúrguer com bacon, tudo errado. Tanto que cheguei a um ponto em que estava com colesterol alto.

Terra: Na época de modelo, controlava muito?

C.L.:

Na época em que modelava, eu ia na churrascaria e comia cenourinha. Por isso, quis comer o mundo [quando abandonou a profissão]. Feijoada, macarrão, bolinho de bacalhau. O que surgia pela frente, eu falava: ‘quero!'.

Terra: E como fez para controlar, recorreu à nutricionista?

C.L.:

Sim. Descobri que estava com problema de glicose, 'perigando' ficar diabética

.

Para mim foi melhor, o excesso de açúcar me deixava desanimada. O negócio é reeducação alimentar, não tem segredo. Ainda mais após os 40, quando você não emagrece. É um quilo por mês, ainda fazendo uma dieta bem restrita.

Terra: Você sabe fazer comida?

C.L.:

Não, nem o meu marido.

Terra: Costuma sair muito para comer nos restaurantes dele?

C.L.:

Sim. Como fico muito dentro da agência e muito dentro de casa, preciso sair e dar uma volta. Acho que é saudável para o relacionamento. Em casa, você liga a TV e ninguém conversa. Essas saídas pra jantar são muito legais.

Terra: E como é o seu casamento?

C.L.:

Temos casamento moderno. A gente já morou junto, mas há dois anos moramos em casas separadas, o que funciona perfeitamente.  É muito saudável. Eu fumo, ele não fuma. Acordo às 8h, e ele mais tarde. Você vai ficando mais velho, vai se respeitando mais. A gente se vê todo dia, janta todo dia, fica até uma hora da manhã junto e cada um dorme no seu canto.

Terra: Como você é como mãe?

C.L.:

Eu sou muito rígida, meu filho deve ter saído de casa por causa disso [risos]. O foco é estudar e nisso eu sou bem séria, porque tive que parar [estudou até o segundo ano do colegial]. Adoraria ter estudado, ter amigos de faculdade, fazer trabalho, ter essa vivência.

Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Claudia Liz fez nome e carreira no mundo da moda na década de 90; desfiles para grifes como Chanel, Comme des Garçons e Yogi Yamamoto engrossam o seu currículo. Aos 45 anos, ela se prepara para um trabalho como modelo, ainda sem divulgar muitos detalhes. Segundo a ex-modelo, a autoestima aumentou com a idade. É uma conquista gostar de mim hoje, conta, afirmando que nem nos tempos de auge se considerava uma mulher bonita
Foto: Alan Morici / Terra
Terra: E nas horas vagas, o que costuma fazer?

C.L.:

Desenhar, o tempo inteiro. Sempre gostei. E gosto de estar com meu marido que amo de paixão, sou apaixonada até hoje. Essa paixão até me irrita [ri e apresenta o marido, que chega à mesa]. Estava falando que você é um chato [dirigindo-se ao marido]. Ele se acha, falo todo dia para ele que o amo. Mas não consigo não falar! [risos]

Terra: Como é sua rotina de beleza?

C.L.:

Não sou muito vaidosa, vou uma vez por semana ao salão fazer hidratação, vou no dermatologista, para ter meus creminhos, mas não fiz botox. Ainda reluto. Não sou contra, mas não gosto quando a pessoa fica muito artificial, bocuda, sem expressão. As pessoas hoje estão atrás do segredo de beleza, mas não tem segredo. É ginástica, alimentação, água, chás.   

Terra: Mas faria um procedimento?

C.L.:

Faria. Mas ainda estou segurando.

Terra: Se arrepende de alguma coisa na sua vida?

C.L.:

De não ter ficado mais tempo fora [do País], acho que esse poderia ser um arrependimento. Mas eu escolhi priorizar a família, o que faço até hoje. Saí de casa muito cedo, meus pais se separaram muito cedo também, então eu não moro com a minha família desde os 15 anos. Sempre lutei para construir a minha, isso é o mais importante.

Terra: Quando se olha no espelho, está satisfeita com o que você vê?

C.L.:

Não, quero emagrecer, mas tenho a autoestima melhor hoje do que quando eu estava no auge. Eu não me achava bonita. Mas o 'não me achar bonita' me tornou uma boa modelo. Porque eu tinha atitude. Eu estudava o cliente e montava um personagem para aquilo, além da imagem. Eu me fazia bonita, mas eu não me achava.

Terra: O que mudou?

C.L.: A barriga não é mais a mesma, a pele não é mais a mesma, mas eu me gosto. Me cobro muito menos, valorizo o que tenho dentro, o que eu sou. Nunca me achei bonita, sempre tive a autoestima baixa. Hoje estou segura, por mais que esteja fora do peso. Tenho mais cuidado comigo mesma, achei meu estilo, tenho autoconfiança no meu caráter, na vida profissional, em um relacionamento bem-sucedido. Amo meu marido, ele me ama de paixão. É uma conquista minha gostar de mim hoje. Gosto da mulher que eu sou.

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Fonte: Terra
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