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Jojo Todynho decide trocar DIU por implante; entenda a diferença entre os métodos

Ambos são contraceptivos de longa duração e alto índice de eficácia na prevenção de gravidez indesejada; Implanon pode custar até R$ 4 mil

5 mai 2023 - 16h04
(atualizado em 12/5/2023 às 20h46)
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Implante hormonal
Implante hormonal
Foto: Celso Pupo / iStock

Jojo Todynho cansou de tentar se adaptar aos DIUs (dispositivos intra-uterinos). Após sua terceira tentativa, a apresentadora e influenciadora digital está decidida a testar um novo método contraceptivo.

"Não funciona o DIU  de jeito nenhum comigo. Já é a terceira vez que eu preciso mexer nele. Vou tentar agora o Implanon", contou Jojo aos seguidores do Instagram.

Implanon é o nome dado ao implante contraceptivo que tem a forma de um chip em bastão e é colocado na região subcutânea da parte interna do braço. O material costuma ter em torno de quatro centímetros, com diâmetro semelhante ao de um canudo fino ou uma "carga" de caneta. Uma vez colocado no corpo, esse chip começa a liberar, gradualmente, o hormônio progesterona na corrente sanguínea do indivíduo.

Seu custo é alto - o implante pode custar de R$ 1,5 mil a R$ 4 mil, sendo R$ 1,7 mil a média nacional. Em alguns casos, municípios brasileiros aplicam o Implanon gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Como explica o ginecologista Marcelo Cavalcante, especialista em reprodução humana, a progesterona age bloqueando a ovulação e, em alguns casos, também deixa o muco cervical preso no colo do útero.

"Ou seja, o implante acaba se caracterizando como uma 'rolha' e deixa o muco cervical mais espesso e hostil, e impede que os espermatozóides adentrem a cavidade do útero. Além disso, os implantes deixam a camada interna do útero, o endométrio, muito fina, o que também se caracteriza como um ambiente desfavorável à implantação de algum embrião".

Para quem o implante é indicado?

Médicos ouvidos pelo Terra ressaltam que o Implanon pode ser usado por pacientes que desejam uma anticoncepção prolongada, já que sua validade é de três anos. Pacientes que desejam diminuir o fluxo menstrual também podem recorrer ao método, capaz de até inibir a menstruação por completo.

Quais efeitos colaterais do Implanon?

As reações podem ser um ligeiro aumento de peso, o surgimento de acne e irregularidade no ciclo menstrual nos primeiros meses com uso do método.

O implante é mais efetivo que o DIU?

Como contraceptivo, tecnicamente sim. A também ginecologista e obstetra Marina Levy, especialista em gestação de alto risco, afirma que o índice de Pearl (medida responsável por apontar o número de gestações a cada 100 mulheres que fazem uso do método) do implante é mais baixo que o do DIU. Isso significa uma garantia de maior eficácia.

Cavalcante cita os números: enquanto o DIU tem eficácia de 99,7%, o Implanon chega a 99,9%. A diferença mais significativa, entretanto, está na duração dos métodos.

Métodos anticoncepcionais
Métodos anticoncepcionais
Foto: Health Supplies Coalition/ Unsplash

O implante é previsto para liberar o hormônio em até três anos, enquanto o DIU tem maior vida útil. A versão hormonal costuma durar até cinco anos, enquanto o modelo sem hormônios tem duração em torno de 10 anos.

Como o DIU funciona?

Há dois tipos de dispositivo intra-uterino: de cobre (alguns modelos com cobre e prata) ou mirena. "O DIU de cobre tem uma ação irritativa sobre o útero, então ele impede uma gestação por tornar o ambiente intra-uterino mais inflamado, diminuindo também o movimento dos cílios das trompas, dessa forma impedindo que os espermatozóides encontrem os óvulos", esclarece Marina Levy.

Já o DIU mirena, que pode ser hormonal ou de levonorgestrel, funciona ao liberar progesterona no ambiente intra-uterino e na corrente sanguínea, o que faz com que a maioria dos ciclos seja anovulatório, reduzindo a velocidade dos cílios das trompas e deixando o endométrio muito fino,o que inibe a ovulação na maior parte dos ciclos. Naqueles em que a mulher ainda ovula, o espermatozóide também tem dificuldade de atingir o óvulo.

Quais são os outros métodos contraceptivos femininos?

O ginecologista Marcelo Cavalcante ensina que os métodos são classificados em grupos. Por exemplo, a camisinha é um método de barreira física. Já a comum pílula anticoncepcional é um método do tipo hormonal.

Além deles, outras opções são o anel vaginal, em que hormônios como estrógeno e progesterona são dispensados no corpo da mulher por meio de um dispositivo colocado na vagina; e o adesivo, também com estrógeno e progesterona liberados lentamente no corpo da mulher. Esse último precisa ser trocado semanalmente.

Outros métodos citados pelo médico são os "anticoncepcionais comportamentais", conhecidos como a famosa "tabelinha", o coito interrompido e a técnica do muco cervical, que consiste na identificação do muco que escorre antes da ovulação.

Fonte: Redação Terra Você
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