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Menstruação

Malcolm Montgomery
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Quais argumentos você usa para defender a suspensão da menstruação?
Eu não defendo o fim da menstruação. Defendo a mulher porque eu sou um médico de mulher. Sei que o ciclo menstrual acarreta cólicas, dor na mama, aquela dor da ovulação, a mulher fica inchada, sensível, com enxaqueca. Ou seja, existem várias intercorrências no ciclo que atrapalham a vida da mulher.

Nossas bisavós, devido ao número de filhos que tinham, menstruavam de 40 a 80 vezes durante toda a vida. A mulher de hoje tem 400, 500 ciclos, mais ou menos. São dez vezes mais ciclos que a mulher antiga. A mulher antiga tinha uma submissão maior à lei natureza: ela aceitava mais a gravidez e amamentação o tempo todo. Então ela não sofria com a menstruação porque menstruava muito pouco.

O problema, na verdade, não é “a” menstruação. A gente fala menstruação porque é o que mais aparece. A maior complicação é o ciclo. É a alta dose hormonal que tem no ciclo. Sem essa alta dose hormonal, as mulheres não ovulam. E se ovulam, engravidam. Só que essa alta dose hormonal para quem não tem a intenção de engravidar é excesso.

Com a freqüência, isso gera uma complicação muito grande. Hoje em dia tem a endometriose, uma doença que dá infertilidade, que causa dor. Ela vem do excesso de menstruações, do excesso de ciclos. Outro problema decorrente do excesso de ciclos é o aumento da incidência de câncer de mama. Vários estudos comprovam que, quando você tira a ovulação e usa o anticoncepcional moderno, reduz o câncer. Mulheres que usam pílula anticoncepcional por entre cinco a dez anos, sem parar, têm metade das chances de ter câncer ginecológico. Em relação ao câncer de mama, já se sabe que quanto mais ciclos ovulatórios, mas a mulher tem, mais riscos de desenvolvê-lo.

O problema do hormônio é o excesso. Cicla 40 vezes. Tudo bem. Cicla 400 vezes. É a overdose de hormonal.

Um fator que está diretamente associado ao aumento da incidência de câncer de mama é a mudança de hábito reprodutivo da mulher. Ou seja, engravidar pouco. Quanto maior o número de ciclos ovulatórios, maior a incidência de câncer de mama. Os anticoncepcionais modernos que reduzem a dose hormonal e estabilizam o ciclo da pessoa, tem muito menos chances de ter câncer ginecológico. Só isso já vale a pena.

Tereza Melo Sousa/Especial para o Terra

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